Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
CEARÁ anunciou oficialmente o nome do seu novo técnico — Eduardo Barroca. Prazer! Junto à torcida alvinegra, impacto zero. Não começa bem o novo presidente alvinegro, João Paulo Silva, o JP. Patinou feio.
QUANDO se esperava um nome de maior expressão, de melhor visibilidade para dar um novo impulso ao Alvinegro, mostrar a que veio, o novo mandatário incorre ao lugar comum de trazer um técnico em que dez entre dez torcedores alvinegros, se dele ouviram falar, duvido muito.
QUAL o critério para a vinda do Barroca, substituindo o Morínigo, que pouco ou nada fez no comando do Ceará? Seu nome passará quase despercebido no histórico do clube, tão inexpressiva foi sua campanha. Já foi tarde demais.
HAVIA alguém melhor na praça? Claro que sim, mesmo que mais caro. E daí? Pela expressão do Alvinegro, e pela situação em que atravessa, admitia-se uma contratação mais ousada. O Ceará precisa disso e o novo presidente do clube deixou passar essa grande chance.
QUAL, então, o critério para a contratação do Barroca, não vem ao caso, não interessa. Leve-se em conta apenas de que estava livre no mercado, barato, preço de ocasião, disposto a arrumar um novo trabalho. Essa história é antiga, de treinadores soltos a cada esquina, à espera que apareça algum incauto acenando-lhe com qualquer proposta.
MOMENTO em que o Ceará atravessa, em maus lençóis com sua torcida, montado numa campanha zanzando entre regular e bisonha, era esperado de que desse uma alavancada, até para marcar a aterrissagem do novo presidente. Detalhe — novo no cargo, mas JP já está no clube alvinegro faz bom tempo, cuidando das finanças.
PELO que dá a entender, como sempre foi ligado ao ex-presidente Robinson de Castro, que o indicou como sucessor, preferiu não dar um novo rumo ao clube. Foi a grande chance que se lhe apresentou, mas JP usou o mesmo carimbo. Visou, primeiro, manter as finanças em dia do que dar uma impactada contratando um técnico de renome. Perdeu a chance e passou, lamentavelmente, batido.
ATÉ o Guto Ferreira, que por aqui já esteve, mesmo realizando um trabalho que não brilhasse, nem decepcionasse, como outra hipótese, seria melhor recebido. Na pressa de calafetar logo o vácuo, optou pela primeira opção que vislumbrou pela frente.
NADA contra ninguém, antes pelo contrário, mas o dever profissional de mostrar ao leitor um quadro mais realista obriga-me a emitir meu juízo de valor.
ARRISCO até mesmo dizer que se numa fila de 100 torcedores do Ceará para saber qual deles conhece o Barroca, a maioria esmagadora dirá que não, enquanto uma minoria inexpressiva dirá que "dele já tinha ouvido falar alguma vez, assim por cima".
SE era para não mudar nada, ou pouca coisa, que se desse, então, mais uma ou duas chances ao paraguaio. A troca não foi feliz nessa primeira experiência do novo presidente do Ceará. Como lidou tanto tempo com finanças, preferiu ouvir primeiro a situação financeira do clube do que o clamor dos torcedores nas arquibancadas.
É NO que dá, também, assumir a presidência de um clube como Ceará e manter a mesma turma que lá estava faz tempo, mais perdendo do que ganhando, lendo pela mesma cartilha de economizar para nunca faltar, pagar antes do final do mês, também conhecida como a cartilha do Tio Patinhas. Robinson de Castro deixou-a como herança.
SEM querer meter o bedelho, e já metendo, Rogério Ceni, dispensado pelo São Paulo recentemente, estava solto. Conhece o futebol cearense como a palma da mão, se fez técnico no Fortaleza, embora a tal rivalidade pudesse pesar. Quanta bobagem. Coisas que o tempo levou...
ENQUANTO isso, o Fortaleza continua voando em céu de brigadeiro. Atentem — quem tem estrela, somada à competência, é assim. Mais dois tabus detonados pelo Vojvoda, em 23 meses no comando do Tricolor. Reparem essa — pela primeira vez, dois tabus foram mandado pelos ares, o Coritiba. Até domingo, eram só derrotas e empates. Diante do Coxa, bem entendido.
OUTRA escrita rasgada por esse incrível Vojvoda. Coritiba perdeu invencibilidade de oito meses atuando no Couto Pereira. Tricolor, convém lembrar, se mantém invicto há sete jogos e está sem perder neste mês de abril. Está a caminho do oitavo. A vítima poderá ser o draco Águia de Marabá.
FASE do Fortaleza chama a atenção. Vence em casa e fora. Dos três jogos, papou dois. Resta o último deste périplo, em Belém, onde enfrentará o limitado Águia, pela tal Copa do Brasil, aquele torneio comparado a uma imensa feira-livre....
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