Logo O POVO+
Tabu que incomoda: Ceará segue sem vencer Guarani e se distancia do G-4 da Série B
Foto de Alan Neto
clique para exibir bio do colunista

Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Tabu que incomoda: Ceará segue sem vencer Guarani e se distancia do G-4 da Série B

Guto Ferreira, que seria esse pretenso "salvador", até hoje não disse a que veio. Igual aos que por lá passaram. Para ele, não vencer, nem perder já fica de bom tamanho
Tipo Opinião
Guilherme Bissoli, do Ceará, em partida contra o Guarani (Foto: Israel Simonton / Ceará SC)
Foto: Israel Simonton / Ceará SC Guilherme Bissoli, do Ceará, em partida contra o Guarani

PARA quem não acredita em tabu, recomenda-se a começar a mudar de ideia. Quanto mais cedo, melhor. Querem um exemplo, aliás, mais um? Ceará não vence o Guarani dentro de Campinas, lá se vão 11 jogos. Isso mesmo, 11 partidas, para ficar mais explícito.

TABU, se a memória não me trair mais uma vez, teria sido uma terminologia criada pelo folclórico Gentil Cardoso, aquele mesmo que inventou a "zebra" no futebol para justificar a vitória de um time pequeno contra um grande. Gentil é uma figura que, ao mundo do futebol, faz muita falta. Suas tiradas eram, além de engraçadas, geniais. Até merecia um livro sobre ele, como uma vez chegou a sugerir João Saldanha.

INESQUECÍVEL Aírton Fontenele, o maior historiador que o futebol brasileiro já teve, colecionou as tiradas folclóricas do velho Gentil. Ainda pedirei a sua filha Bete que me consiga algumas delas. Hoje, o futebol é recheado de gente carrancuda, mau humorada, que quase tudo leva para o lado do mal.

VOLTEMOS ao pretenso tabu do clube de Campinas sobre o Alvinegro, para não perder o galope e o sentido dessas mal traçadas linhas. Guarani, lá se vai outro mote, devagar e sempre, chegou à quinta colocação. Ceará ajudou a dar esse empurrão, por conta de uma atuação simplesmente pífia.

GUTO Ferreira, que seria esse pretenso "salvador", até hoje não disse a que veio. Igual aos que por lá passaram. Guto, a exemplo dos outros, não se modernizou, nem se atualizou. Para ele, não vencer, nem perder já fica de bom tamanho.

PEQUENO exemplo, estribado nos números compilados pelo meu irmão Sérgio. Sétimo jogo no comando do Alvinegro, três empates, duas derrotas e duas vitórias. O caminho de ganhar fora de casa, por favor, esqueçam. Adivinhou quem disse que ele perdeu o caminho de vencer distante do Castelão. Apequena-se diante de adversários, supostamente, bem entendido, piores do que ele.

GRANDE chamariz de público ao Brinco de Ouro, codinome dado ao estádio do Guarani, não foi o jogo e sim a inauguração do sistema de iluminação todo em LED, com música de DJ. Nada custa lembrar que esse sistema foi prometido pelo subsecretário Quintino Vieira para o Castelão quando novembro chegar. Espera-se cumpra a promessa. Ele quer dar ao Castelão algum sopro de progresso. Nada contra, tudo a favor.

RETRATO falado do jogo em si, primeiro tempo nenhum dos goleiros foi acionado. No segundo, com defesas pontuais. Nenhuma que causasse qualquer frisson. Prova provada do excesso de passes, especialmente para os lados. Torna-se até difícil encontrar uma equipe que priorize os chutes em direção ao gol. Falta aos treinadores ensinarem seus comandados que a direção ao gol é uma só.

AREIA MOVEDIÇA

TÉCNICO do Ceará, que dirigiu o Nicolas no Goiás, parece não ser muito admirador do seu futebol. Ei-lo agora, com a chegada do Saulo, enfurnado como quarta opção. Infeliz do jogador que o treinador é avesso a sua maneira de atuar. Vai penar para sempre, em busca de um lugar ao sol. Emendo a mesma pergunta já feita anteriormente. E, por acaso, o Guto fez o Alvinegro melhor sob seu comando? Permanece atolado numa areia movediça.

ALIÁS, nunca a bola foi tão triturada, machucada, esfacelada, até. Como nenhum dos dois adversários queria vencer virou um purgante. Argh!

QUEM reparou? Não tem como Paulo Victor — prazer! — aguentar um jogo todo. Falta-lhe fôlego suficiente. Virou rotina ser ser substituído pelo Formiga, igual ou pior que ele.

OUTRA pitada de curiosidade não faz mal a ninguém. Leandro Carvalho, lembram dele, que adora uma confusão, sempre consegue um time para jogar, mesmo que seja por pouco tempo. Ei-lo agora no Avaí, levado pelo Barroca.

QUEM lembra do Anderson Batatais, aquele mesmo que revelou aqui o Wellington Rato, no Ferroviário. Ei-lo agora auxiliar-técnico do Novorizontino.

CONTRA-ATAQUE

(1) - OS ventos da Segundona não há mais de soprar favoravelmente para os lados do Ceará. Se é de uma desculpa que o Guto está precisando para explicar a fase anêmica do Alvinegro, pode se servir à vontade...

(2) - RECOMENDA-SE ao Vojvoda começar a dar mexidas no time do Fortaleza. Tem jogador ali que, de há muito, está merecendo um bom estágio no banco de reservas...

(3) - FERROVIÁRIO vai muito bem e que permaneça assim por um bom tempo. Kobayashi, na crista da onda, até teme que tanta badalação em torno do seu time faça-o perder a forma de jogar. Único dos clubes cearenses invicto em todas as Séries do Brasileirão, como passar indiferente?

(4) - HIDER Ponte, outro irmão a me servir de âncora, com seu olhar agudo, observou que a saída do Ceará, além de estreita, botaram lá um segurança parrudo, pesando algo em torno de 150 quilos. Só em olhar aquele homenzarrão, até de longe, não há torcedor que atreva a chegar próximo.

Foto do Alan Neto

Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?