Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
A PRIMEIRA conquista, o primeiro sonho realizado, o ser humano nunca esquece. Caso do Marinho. Com tantos anos de futebol, como poderá esquecer o primeiro gol marcado com a camisa do Fortaleza? Especialmente em circunstância tão especial.
NÃO foi apenas um gol. Foi um colírio, uma obra prima, para o Marinho jamais esquecer. Os efeitos colaterais daquele gol, entre tantas coisas, garantiram ao Fortaleza a bolada de R$ 2,7 milhões para chegar às quartas de finais da Sul-Americana.
NÃO fica só aí. Um gol que ameniza as luvas pagas pelo Fortaleza, em torno de R$ 5 milhões. Ao menos pagou a metade delas. O restante terá tempo suficiente para quitar a conta.
PROVA provada de que para se ter um time com pretensões altas não há outro caminho a não ser investir em bons reforços. Marinho, por exemplo, não é só bom. Ele é ótimo.
VOJVODA, mais uma vez provado, não tem medo de ousar. Saldanha repetia frase lapidar — "Quem tem medo de ganhar está pedindo pra perder". Querem um exemplo da ousadia do argentino? Alterou o Fortaleza no intervalo. Foi mais além. Durante a partida sacou Titi, remanejou Pacheco para a zaga, trouxe Guilherme para a lateral esquerda. Onde queria chegar, chegou. Foi para o tudo ou nada contra o cascudo time do Libertad. Lembram o bordão da calça de veludo? Bingo!
RESULTADO. O anêmico time do Fortaleza, no segundo tempo, resolveu dar um up. Olho clínico do Vojvoda deve ter mostrado o caminho, mesmo correndo riscos, de vencer o Libertad. Como quem não arrisca, não sai do lugar, na prática foi o que se viu.
SEM esquecer o fundamental apoio da torcida tricolor, que resolveu acordar (e jogar) o time para a realidade. Do lado de fora, lotando as arquibancadas, abrigando pouco mais de 50 mil torcedores. Tinha até motivo para se ausentar, represália das quatro derrotas seguidas. Fez precisamente o oposto, pelo apelo de decisão que a partida tinha.
DOIS fatores contaram para este up. O caráter de decisão, além do rótulo de ser decisão, motivação maior para a torcida entupir o estádio, saindo daquele rame-rame de partidas sempre repetidas.
OUTRO ponto da ousadia de Vojvoda. Daquele time que passou o maior vexame em Goiânia, sábado passado, mais da metade foi barrada. Ratificando apenas cinco como titulares. Um exemplo — toda a linha ofensiva foi mudada. Instile-se mais outro detalhe. Vojvoda relacionou cinco estrangeiros, dos quais quatro argentinos e um português. Opção tinha, e tem, de sobra. No Fortaleza atual ninguém é cadeira cativa.
CAMISA 12 trouxe sorte ao Marinho. Anteriormente utilizava a de número 15. Sentiu que a simples troca de número poderia lhe fazer reencontrar seu bom futebol. Superstição? Vá lá que seja. Mas quem não é supersticioso, favor levantar o braço.
ALERTEM. O Tribunal da Fifa não perdoa deslizes. Naquela do escreveu não leu, paulada na moleira. Caso do Lucero, pelo erro grosseiro cometido — não vem ao caso quem teve maior dose de culpa —, ficará ausente dos gramados por todo o restante do ano. Galhardo ganhou a prenda de titular. Perdeu gol feito que o Lucero não teria perdido. Galhardo, volto a repetir, pose tem muito, futebol que é bom deve estar escondido em alguma casa mal assombrada. Ui, ui...
TORCIDA de time grande a toada é uma só. A mesma que vaia, protesta, é precisamente a mesma que vibra, aplaude, empurra o time a uma vitória. Vaias do intervalo se transformaram em frenéticos aplausos no final.
ANOTEM, recortem, guardem e não esqueçam. Para chegar à final da Sul-Americana, restam ao Fortaleza dois mata-matas, com a vantagem de decidir no Castelão. Se acontecer, o grande estádio acolherá o maior público de toda sua história.
REPARARAM? Segurança no Castelão simplesmente inexiste. A do Fortaleza, a particular, bem entendido, pior ainda. Mais uma vez um torcedor invadiu o gramado, lépido e fagueiro. Uma cena vista (e repetida) pelo mundo todo. O clube, infelizmente, pagará o pato. Pode se preparar para a punição impiedosa da Conmebol. Como é reincidente, só faz piorar as coisas.
LEVANTE o dedo quem se lembrar da última vez que o Thiago Galhardo balançou as redes. Uma viagem de ida e volta à Croácia, também, em relação ao Silvio Romero. Trocando o Galhardo pelo Romero, nenhum dos dois de volta. São ruins de doer.
OUTRA missão. Descobrir quem indica tantos jogadores ruins ao Tricolor, não por coincidência atacantes. Pelo visto (Galhardo e Romero) jogam com chuteiras trocadas. Por um acaso não passará pelo crivo do sempre atento Papellin?
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