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Juntando os cacos: Ceará decepciona na Série B
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Juntando os cacos: Ceará decepciona na Série B

O Ceará mais uma vez jogou mal, repetindo suas atuações anteriores. Já se tornou praxe
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 20.08.2023: Jogo Ceará x Ponte Preta. Arena Castelão. (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 20.08.2023: Jogo Ceará x Ponte Preta. Arena Castelão.

JOGOS para todos os gostos, o futebol cearense neste final de semana conseguiu se safar, menos mal. Poderia ter sido melhor? Sim, se o Ceará, que não sai do mesmo lugar, tivesse vencido aqui dentro do Castelão. O feito mais expressivo ficou com o Fortaleza que conseguiu uma vitória diante do Internacional no Beira Rio. E num patamar bem menor o Ferroviário, que enfiou 3x1 no Nacional de Patos. Ciel foi o dono do jogo.

DENTRO do Beira Rio não é fácil dobrar o Colorado. Pois o Tricolor foi lá e venceu de 1x0, segurou o resultado, saiu vitorioso. Tomou as devidas precauções, logrou êxito. O Tricolor precisava da vitória para encostar no G6. O Inter partiu para o tudo ou nada, entrou na ciranda do desespero, sem o menor sucesso.

ONTEM, aqui, no Castelão, o Ceará podia ter dado a tão esperada arrancada da reabilitação. Até deixou essa impressão, diante da Ponte Preta, que não se dobrou à pressão do Alvinegro e segurou o 1x1 que para ela, Ponte, teve gosto de vitória. O Ceará mais uma vez jogou mal, repetindo suas atuações anteriores. Já se tornou praxe.

PARA completar o ciclo, o Ferroviário atravessando ótima fase, dentro do PV, venceu o Nacional da Paraíba por 3x1. A sensação do jogo foi o ótimo Ciel, balançando as redes três vezes. Do alto dos seus 41 anos continua esbanjando categoria, com fôlego de quem tem a metade.

PARA não misturar as estações, nem confundir ainda mais a cabeça do torcedor, a vitória do Fortaleza, foi o feito mais expressivo da rodada, pois dentro da Beira Rio, reabilitou, totalmente, a equipe comandada pelo Vojvoda. Nada que não possa ser consertado com uma vitória fora de casa diante de um adversário que não costuma perder em seus domínios.

INTER até teve tempo de sobra para, ao menos, empatar ou virar o jogo. Não conseguiu, enroscando-se dentro da sua própria incompetência. Ocorre que pegou um adversário que não teme atuar fora do Castelão, o que demonstra personalidade. No gol da vitória tricolor, mérito maior para o Marinho, atravessando ótima fase, em jogada individual driblando seu marcador, quando foi aterrado dentro da área. Tão visível que ninguém do Internacional ousou reclamar.

TEVE tempo de sobra para, no mínimo, empatar, mas deparou-se com um adversário que esbanjou personalidade. O pênalti cobrado pelo Galhardo soterrou um tabu de muitos anos de o Fortaleza não vencer dentro do Beira Rio. Tabu foi feito para ser quebrado. Para o Galhardo autor do gol, a chance caiu-lhe do céu de mostrar que, além de bom jogador, é ótimo batedor de pênalti. Não bastasse estava diante do seu ex-clube. O gol, então, teve sabor duplamente especial.

PARA o Fortaleza um resultado que o repõe no rol de uma das boas surpresas positivas deste Brasileirão, tão cheio de armadilhas sem fim. Tricolor precisava deste triunfo e o Vojvoda muito mais. Fez seu time posicionar-se entre os melhores da competição, sem esquecer que foi a primeira vez que o Tricolor venceu o Inter dentro do seu reduto. E a primeira vez, nunca se esquece.

PARA o Galhardo, então, de forma especial. Ele precisava daquele gol para encerrar um jejum de quase noventa dias sem conseguir balançar as redes, especialmente para quem foi contratado com a missão de ser a principal referência na linha de frente.

DETALHE que não pode ser omitido. Quando o árbitro apontou para a marca do pênalti, ele, Galhardo, foi o primeiro a se apresentar para fazer a cobrança. Era a oportunidade que tinha para dar o troco ao seu ex-clube. Fez o gol, que decretou a vitória do Fortaleza, lavou a alma.

PARA o Tricolor o resultado fê-lo retomar a caminhada de aparecer como uma das boas surpresas da Série A. Turbulências fazem parte de uma competição longa, de turno e returno, a perder de vista. Enfim, são vinte clubes, todos eles lutando por um mesmo objetivo, aquele de sobreviver e ratificar sua presença na próxima temporada.

SEM SAIR DO LUGAR

NÃO há meio de o Ceará dar uma alavancada na Série B, para quem estava disposto a retornar ao pódio da Série A. As esperanças estão cada vez mais se esvaindo. Contra a Ponte, aqui no Castelão, apresentava-se como a grande chance para essa arrancada. Até deu essa impressão quando abriu o placar antes de completar um minuto, através do Barletta, acordando sua torcida dentro do Castelão. Só foi arranco. Não passou disso.

PROBLEMA do Ceará, primeiro é o de ter formado uma equipe de qualidade técnica duvidosa. Segundo, de dar e entender que não acredita que possa deslanchar. Como explicar, dentro do Castelão, apoiado por sua torcida, não se impor a um adversário teoricamente inferior. Fez o gol e tratou de encolher-se para segurar a vantagem, coisa de time que não acredita em seus méritos. Foi duramente castigado com o gol de empate da Ponte. Bem feito.

PRECISAVA o Alvinegro encher-se de medos, sabendo que estava à vontade atuando no Castelão? É no que dá ter um técnico que não acredita em seu próprio time. Não foi falta de aviso que Guto Ferreira em nada acrescentaria ao Ceará. Ele sempre foi assim e não seria agora que iria mudar. Enganou-se quem quis.

 

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