Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
PARA repor a casa em ordem após essa paralisação para datas Fifa, duas monumentais peladas, ou espécie de match treino. Ou alguém tem dúvida de que o Brasil estará na próxima Copa do Mundo? Tais Eliminatórias servem para encher linguiça desse calendário quasímodo da Fifa. Ou se obedece ou as sanções virão. Manda quem pode, enfim.
PERGUNTA-SE. Que proveito a seleção brasileira retirará de tais jogos, diante de seleções mais fracas que o time B do Brasil? Nenhum, claro. Ademais, nem o técnico será o que dirigiu a seleção. Virá o italiano Ancelotti, com outros conceitos e outra cartilha.
ESTRANHO em tudo isso, a Associação dos Treinadores do Futebol Brasileiro sequer tenha saído com uma nota de protesto. Todos de bico fechado. Quanto a seleção que disputou as Eliminatórias não passa de um arremedo, na qual só o Neymar brilhou, por motivos óbvios. A safra de craques no futebol brasileiro extinguiu-se. De bonzinhos e regulares dá para preencher uns três vagões. Pernas de pau, então, nunca se viu safra igual.
DE volta ao nosso território. Mesmo sem jogos pelas duas Séries principais, nos deparamos com essa campanha do Ferroviário, malgrado Série D, não vem ao caso. Trata-se do primeiro clube brasileiro a alcançar duas finais da Série D desde a sua implantação.
NÃO é nada, são 22 jogos sem conhecer uma derrota. Tem mais — será o primeiro bicampeão da quarta divisão se passar pela Ferroviária. Onde pode refletir tudo isso?
FERRÃO volta ao rol dos 60 clubes mais importantes do nosso futebol, nas divisões principais. Instile-se outro detalhe. Diretoria coral esfrega as mãos. Se este ano alcançou 12 patrocinadores fixos, que pagavam 60% da folha, ano que vem chegará aos 20. Um abadá do pré-carnaval perderá de goleada...
CIEL, antecipadamente craque do ano, já passando dos 40 anos, microfone à sua frente, não se fez de rogado — "Se aparecer uma chance, o 99 manda pras redes". E apontou o dedo pra cima. Além de artilheiro, é vidente...
FALTOU ainda ser dito. Árbitro do Mato Grosso foi o pior que apareceu por essas bandas. Permitiu o antijogo e o que se viu foi uma partida truncada. Público de apenas 4.680 pagantes, quase quatro mil a menos em comparação ao registrado uma semana antes, contra o Maranhão.
RESTOU o consolo de que desta vez não pagou para jogar. FCF, que não chuta uma bola, papou mais de R$ 4 mil de cota dos 5% que ela não abre mão. Tornou-se o melhor emprego do mundo, onde a ociosidade impera e o presidente se perpetua. Perdi as contas de quantos mandatos o Mauro Carmélio completou. Já prepara o filho para seu ser sucessor, num futuro não tão distante.
FAMÍLIA que reza unida é assim. Carmélio recebeu a prenda do tio Fares, que saiu porque federação não fazia seu gênero. Mário Degésio, que o sucedeu como vice, após tantas reuniões, onde só ouvia baboseiras, não aguentou muito tempo. "Não estou pronto para ficar ouvindo tanta besteira junta", desabafou Degésio. E se mandou. Grande Degésio, uma das raras amizades que o futebol me presenteou.
DECISÃO de domingo bateu recorde nacional de acréscimos. Pasmem. Exatos 23 minutos, tantas foram as paralisações. Contei até 50. Cansei.
CIEL já é, por antecipação, o craque do ano. Ainda tem imbecil que não faz fé nele como homem-gol, por conta do fator idade. Ano passado, lembra a prodigiosa memória do Sérgio Ponte, foi artilheiro do Tombense, com 18 gols. Este ano atingiu a marca de 22 com a camisa do Ferrão.
QUANDO esteve no meu Trem-Bala da TV, perguntei-lhe quando pretendia parar. Em tom de ironia, respondeu no ato — "Se puder chegar aos 60 anos, já me darei por satisfeito". Ciel é hoje o jogador de idade mais avançada correndo em campo com preparo físico de quem tem 22. Pelo Ferroviário, 40 gols em dois anos.
FOTO oficial antes do jogo juntou jogadores e comissão técnica. Exceção apenas do Kobayashi, que, por questão de superstição, optou em não aparecer.
HÁ um jogador do Caxias que, anos atrás, passou pelo Ceará. Quem? Vitor Feijão. Mil entre mil não se lembram. Mas do Rubens Feijão, que nem primo dele é, craque de bola, este, sim, ficou na retina do torcedor alvinegro.
ROGÉRIO Ceni, com toda aquela empáfia, de tanto esperar ser chamado por um clube de ponta da divisão de elite do futebol brasileiro, após fracassar como técnico do São Paulo, resolveu aceitar convite do Bahia. Consta haver se bandeado para retornar ao Fortaleza, que fez ouvidos de mercador. Tricolor vai muito bem com Vojvoda, hoje na lista dos cinco melhores do futebol brasileiro.
Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.