
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
O PROTESTO, mesmo com o rótulo de pacífico, da torcida do Fortaleza, inclusive tendo acesso ao local de trabalho dos jogadores, deve, sim, ser levado em consideração pela comissão técnica tricolor. Sempre se disse, e se soube, que paciência de torcedor de time grande tem um limite. No caso da torcida do Fortaleza, até que demorou um pouco mais.
QUAL a tecla mais batida do protesto? Simples. O que está acontecendo para explicar e justificar essa queda vertiginosa de uma equipe que, até outro dia, passava por cima de quem encontrasse pela frente, sem respeitar cara ou rótulos?
DEVE ter havido uma resposta, não a ponto de convencer os torcedores, sim, de que a partir de agora as coisas tenderão a voltar à normalidade. Não se tem dúvida de que o protesto foi válido, mesmo que em local não apropriado de trabalho dos atletas. Mas que outro local haveria?
OUTRA conclusão a que se chegou. Entrar na intimidade de um clube de futebol, local onde todos trabalham em exaustivos treinamentos físicos, nunca foi tão fácil. Aliás, não foi a primeira vez e, por certo, não será a última. Ocorreram em outras ocasiões. Neste ano, porém, a primeira vez.
NEM mesmo a certeza de que o Fortaleza não cairá para a Série B, pois acumulou uma boa gordura, não deixou os torcedores satisfeitos. Eles queriam saber mais, muito mais.
PONTO principal: o que de anormal vem acontecendo para justificar esse tipo de hecatombe, refletindo diretamente na produção da equipe na Série A? Este, sim, o cerne da questão. Que respostas foram dadas aos torcedores, também não vem ao caso. Há sempre uma desculpa, por mais banal que seja, para explicar o que nem sempre se explica.
GRITO de alerta dos torcedores do Fortaleza não deixa de ser um aviso, mala direta, ao elenco para não perder o foco da Série A. Possibilidade de cair para a Segundona, totalmente fora de cogitação, o que não implica dizer que, por conta disso, o elenco tenha que se acomodar. E mais: que a torcida está de olho arregalado para que isso não venha a acontecer.
PERGUNTA-SE. É natural esse tipo de reação dos torcedores? Absolutamente normal, mesmo levando o rótulo de pacífico. Não deixa de ser um grito de alerta de que, da próxima vez, o tom da cobrança poderá ser outro bem mais diferente.
QUE a queda de produção do time vem acontecendo é vero. Inconteste até. Não há torcedor de time grande que se conforme com tal situação e fique de braços cruzados ou ponha uma mordaça na boca. Caso, também, de prevenir a diretoria para reforçar a segurança nas dependências do clube. Desta vez foi pacífico, mas quem garante que da outra vez será?
MEXER com os brios de uma torcida exigente, qual a do Fortaleza, é procurar sarna pra se coçar. Se os jogadores entenderam o recado, ótimo. Se a comissão técnica não mudar a postura da equipe dentro das quatro linhas, os efeitos poderão ser danosos da próxima vez.
PRÓXIMO jogo, ali adiante, contra o Botafogo, poderá refletir se a manifestação teve ou não efeito junto ao elenco. Indiferente ao que está se passando, podem ter certeza, eles não estão. Aviso pregado: ficar alheio à manifestação da torcida, em pequena ou grande escala, é brincar com fogo. Espécie de riscar um fósforo perto de um rastilho de pólvora.
TÉCNICO Mancini, do Ceará, danou-se a conceder entrevista coletiva à imprensa. O que terá a dizer para explicar a campanha do Alvinegro na Série B? Será um falatório sem fim, palavras ao vento.
O QUE a torcida queria, e quer, até agora ele não deu por conta do rendimento do Ceará nas quatro linhas. Que progresso técnico a equipe teve desde a sua chegada? Quem responder "nenhum" acertou no óbvio.
ATÉ porque ele, Mancini, ao pegar o bonde andando, encontrou pela frente um elenco de limitadas qualidades técnicas. Se era para fazer o que ele vem fazendo, qualquer um outro faria. O que a torcida queria era ver o time voltar ao patamar maior. Infelizmente não será este ano, até porque a campanha que empreende corre na faixa de bisonha.
ANÚNCIO da contratação de um executivo de futebol não enche barriga de torcedor. Não é de executivo que o Ceará está precisando. O que ele queria, infelizmente, a diretoria não deu, ou seja, um time de peso que pudesse voltar à Série A. A frustração de permanecer no patamar inferior, essa nódoa, pelo visto, não será apagada tão cedo.
QUEM é hoje o melhor jogador do futebol cearense em ação nas quatro linhas? Fala-se muito no Caio Alexandre, do Fortaleza. Pode até ser. Acontece que nem com uma lupa se enxerga a presença dele em campo.../// O QUE se enxerga, isto sim, é uma avenida iluminada no lado esquerdo, enquanto no direito não se sabe ao certo se Tinga é lateral ou ponta. E o Pikachu, às tontas, em busca de uma posição para jogar. Deu a louca naquele setor. Acorda, Vojvoda!
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