Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
INCRÍVEL, mas verdadeiro. Bem que tinha previsto. Escancarada a porteira, por entra um, entra quem vem atrás. Não demora e o futebol cearense vai se transformar em filial do futebol argentino. Nada contra, tudo a favor, isto é, até certo ponto.
JURO. Tentei fazer um levantamento de quantos jogadores argentinos aportaram por essas bandas, não consegui. O jeito é recorrer ao Miguel ou a Sérgio, guardiões desta minha memória levada da breca.
FORTALEZA, então, e com especialidade. Explica-se. É lá que está o vitorioso Vojvoda no comando da equipe tricolor, com cacife necessário para indicar quem quer que seja. Há uma outra razão. Vamos a ela?
COMO o futebol sul-americano passa por crise, Argentina nesse rol, o mercado ficou escancarado. A desvalorização do peso diante do real ajuda a que as negociações fluam sem maiores atropelos. Só no Fortaleza, quase meio time. Seguindo aquele jargão do "irmão ajuda teu irmão", é o suficiente o Vojvoda indicar, a diretoria prontamente o atende. Antes que ele fique amuado.
SE não derem nos couros, a diretoria tricolor, ou melhor dizendo, o CEO Marcelo Paz cobrará de quem? Dele, técnico? Pronta resposta. Duvida-se muito. O Tricolor, podem crer, é hoje quem mais abriga os chamados hermanos em seu elenco. Último dos quais o zagueiro Cardona. Tem gente ainda na fila. Haverá privilégio para eles na hora da formatação da equipe titular? Alguém, por acaso, duvida?
SEQUER o Estadual começou e os bastidores do campeonato do Mauro Carmélio, como rotulou o Sérgio Ponte, começam a esquentar os tamborins.
CONTA e risco do Maracanã não concordar em levar seus jogos para outros locais, alegando que o estádio de Maracanaú, aprovado pela FCF, tem condições de abrigar qualquer partida de futebol, conforme as normas estabelecidas pelo regulamento.
PALAVRA final caberá à FCF, que será dada hoje. Se o Maracanaú for bom de rinha, quiser mesmo incendiar a competição, não arredará o pé do que está escrito no regulamento. Se não for atendido, sugere-se que seja rasgado em picadinho.
O JOGO nos bastidores vai se tornar mais atraente do que o jogo jogado nas quatro linhas. Maracanaú politicamente é forte, não tivesse um prefeito que ganha todas as eleições, aliás, tabu que ele mantem até hoje.
FORTALEZA optou em levar seus jogos, quando o mando de campo a ele pertencer, para o Castelão. PV ficará relegado a segundo plano. Tricolor não quer dar nenhuma chance na busca do hexacampeonato, título inédito em suas prateleiras de conquistas. Prejuízo financeiro relega-se a segundo plano. Mais vale a conquista de um título que até hoje, no futebol cearense, ninguém conseguiu.
NÃO será por falta de grana. O Tricolor gabe-se, com razão, de navegar em mar de Almirante. Acaba de vender o Caio Alexandre e ainda tem gente na fila. Bom jogador o Caio Alexandre? Pronta resposta — mais pose do que bola. No Tricolor, ele alternou bons e péssimos momentos. Ademais, se apareceu algum clube nele interessado, a negociação fluiu rápida.
CONSTA ter sido algo em torno de R$ 14 milhões, quando chegou a ser avaliado por R$ 50 milhões. Nem tanto céu, muito menos ao mar. Quanto exagero. O futebol é um mercado amplo para se valorizar quem não merece tanto. Alguém sabe responder quantas vezes ele balançou as redes na temporada passada? O jeito é recorrer ao Miguel Júnior.
QUAL o termo mais usado pelos cartolas do futebol? "Planejamento". O termo é bonito e remete a organização. José Raymundo Costa, meu guru no jornalismo, pinçou frase oportuna sobre o termo. Ei-la — "Quem planeja produz a metade e ganha em dobro." Quem não planeja ... etc e tal.
E O GRAMADO do Castelão, permanente calo? Se a fase invernosa, que está se aproximando, não for intensa, ele não encharcará. Se o for, os problemas de sempre voltarão.
QUEM foi o autor da retirada de cadeiras do Castelão para alojar os brigões das torcidas organizadas? Procura-se, preferivelmente vivo. Resultado — tornou o estádio banguela e, esteticamente, um horror.
SURGIRÁ algum jogador diferenciado nessa jornada que vai começar para valer? Um ídolo, por assim dizer. Aliás e a propósito: quem lembrar o último ídolo que por aqui passou, favor levantar o braço. Perna de pau se encontra aos montes, dobrando esquinas das farmácias.
E O quadro de árbitros, alguma renovação à vista? Vai longe, perdendo de vista, o tempo dos grandes apitadores da terra, tais Leandro Serpa, Gilberto Ferreira, Lourálber Monteiro e Adélson Julião.
QUEM puder dissipar a dúvida, fico grato. Caso do Fortaleza sagrar-se hexacampeão, o título é do Tricolor ou da Saciedade Anônima do Futebol, isto é, SAF?
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