Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
- Dentre tantos pecados capitais cometidos por Ceará e Fortaleza neste primeiro turno, maior deles não terem faturados pontos preciosos dentro de casa, onde é praxe no futebol, embora nem sempre funcione. Fator campo é algo que não se pode desperdiçar.
- Consta que presidente do Ceará, Robinson de Castro, caça com lupa na mão um camisa 9 que saiba balançar as redes. Mercado fechado pra este tipo de jogador, quer dizer, atacante referência, os que lhe foram oferecidos ou estão fora de moda ou já deram o que tinham de dar.
- Aproveitando segunda de folga, técnicos Enderson Moreira e Zé Ricardo, foram ver de perto jogo pela inútil Taça Fares Lopes num PV vazio. Objetivo deles — olhar alguns jogadores, especialmente os de bases, que mal conhecem. Os outros, figuras carimbadas, pois treinam com eles diariamente, ninguém se sobressaiu. Turma do sub-20, goleiro Kennedy, que pegou um pênalti para o Fortaleza e pelo Ceará, um zagueiro, aliás, muito parecido com Luiz Otávio. Detalhe — Enderson e Zé Ricardo ficaram longe um do outro.
- Quintero, único sul-americano a emplacar no Fortaleza, dentre os três que vieram, é caso raro em futebol. Atravessou todo o primeiro turno do Brasileirão titular absoluto, ou seja, não ficou de fora em nenhum jogo, botou a tarja de capitão e assumiu o cargo. Levou tão poucos cartões que, sequer completou três amarelos que o deixariam de fora do jogo seguinte. É dele também, a tatuagem mais original das quantas existem entre jogadores — um olho gigante atravessando a garganta de uma ponta a outra.
- Fortaleza, quem diria hein! Está na lista dos clubes que mais tiveram jogadores expulsos de campo neste Brasileirão até agora. Diferente do Ceará que não teve nenhum, embora tivesse alguns recordistas em cartões amarelos, exemplo do bom lateral Samuel Xavier.
- Ter o desplante de dizer — quem afinal? — que o VAR resolver fazer uma série de mudanças foi motivado pelo protesto de Ceará e Fortaleza, cujos presidentes nem lá na CBF pisaram, é de fazer cócegas a partir do solado dos pés. As mudanças estão vindo por determinação da Fifa.
- Entre joios e trigos de alvinegros e tricolores, ninguém se ressaltou mais que o meia Galhardo, tanto que mesmo jogando atrás, é o artilheiro do time. Opção dois, zagueiro Luiz Otávio. Bastou se contundir abriu-se um buraco enorme no cinturão de ferro alvinegro. No Fortaleza, disparado, por unanimidade, goleiro Felipe Alves, embora zagueiro Quintero não se lhe fique atrás.
- Técnico que não vence a 5 jogos seguidos, aqui e fora, pior das hipóteses está na corda bamba, tipo Enderson Moreira. Não vem ao caso de ser incompetente, vem ao caso, isto sim, de não priorizar a ousadia e a intensidade. Adepto da escola do Tite, mais toques de bola do que buscar o gol. Quanto a Zé Ricardo, por enquanto em fase de arrumação, embora fácil perceber ser bem mais ousado do que o Enderson.
- Rinaldo tem fôlego de sete gatos, apesar de ter passado dos 40. Joga na Fares Lopes pelo Fortaleza. Quanto a Clodoaldo, vai no dia que bem entender, ou seja, aparece lá quando bem quer /// Se Carlinhos visasse menos as canelas do adversário e mais a bola, seria duas vezes melhor do que é. Tanto que barrou Bruno Melo, único lateral-esquerdo artilheiro no futebol brasileiro /// Lima, coitado, deixou a bola no Grêmio. E o Wescley deixou a dele no Japão. Já não fazem a diferença como antigamente. Agora, aguentar o Felippe Cardoso é dose pra dromedário...
Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.
