
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
- Até final de novembro a pisada será essa. Jogos quarta e domingo, abrindo apenas exceção pra semifinal da Copa Libertadores. Não há tempo a perder. Logo, os clubes, cearenses ou não, terão de se virar com partidas quase seguidas. Faz parte deste calendário ponta-cabeça da CBF.
- Hoje, por exemplo, o Ceará estará nos confins do Rio Grande do Sul enfrentando o Grêmio (21 horas). Tricolor optou por jogar no Centenário, Caxias do Sul. Se é pra levar pouco público, pelo menos no estádio de lá o Grêmio torna-se atração.
- Fortaleza, aqui, mais cedo (20h30min) pega a Chapecoense, fraco que nem suflê de chuchu, segurando a lanterna do Brasileirão. A não ser ocorra grande zebra, Tricolor é franco favorito. Se não vencer a Chape, ganhará de quem?
- Dois jogos que poderão alterar a posição da dupla cearense. Ceará, se perder, ficará em maus lençóis. Aliás, péssimos. Fortaleza, vencendo, subirá mais três pontos preciosos nesta hora em que pontuar é preciso. Perdê-los é um desastre. E a dupla precisa desta pontuação positiva.
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- Derrotar a Chapecoense é (quase) obrigação do Fortaleza. Ceni sabe disso e alertou seus comandados pra evitar o pior, especialmente em se tratando de adversário desesperado. Este é o pior de todos, porque pra ele, tanto faz, como tanto fez. Quer dizer — ganhar será ótimo. Perder já está acostumado.
- Diante da Chapecoense, Ceni terá toda condição de ficar à vontade pra lançar seu time num 4-2-4, que ele tanto adora. Atacantes tem de sobra. Dois pontas velocistas, ainda mais o Romarinho, melhor do time — pasmem — de quebra Wellington Paulista. Não por coincidência a Chape foi seu último clube. Pra dele se ver livre, deu-lhe passe por ser muito caro. Ganhou o Fortaleza.
- Quem está em palpos de aranha é o Ceará contra o Grêmio. Novo técnico, Adílson Batista, pegou um bonde descarrilhado, nele montou até por falta de opção mais barata. E a maioria, além de cara, não queria descascar este tremendo abacaxi.
- Neste caso, Adílson, agora sim, poderá ficar a vontade pra retrancar o time num 4-6-0 na esperança de arrancar um empate. Aqui, contra o Goiás, ele deu o tiro errado, jogando sem camisa 9, que, aliás, o Ceará nunca teve. Os que chegaram foram zero à esquerda. Que tal o Popp ali estreando? Pode ser ou está difícil?
- Pode haver tolice maior do essa de técnico adversário dizer que conhece quem vai enfrentar? Simples fato de que todos se conhecem pois as TVs estão aí escancaradas mostrando como os clubes jogam. Logo, o fato de Adílson ser do Sul, vem com esse papo de saber o estilo do Renato Gaúcho jogar não passa de papo furado. Time por time, o Grêmio é dez vezes melhor.
- Aliás, neste Brasileirão, já disse e repito, o grande diferencial está no Flamengo, que aplicou o futebol europeu, de muita correria, troca de posições dos atacantes, meio campo sólido e alguém pra lançar. Pode ser até um zagueiro qualquer.
- Enquanto os clubes brasileiros primam pelo excesso de troca de passe — o tico-tico no fubá — o Mengão joga em velocidade. Por esta razão é o líder do Brasileirão e dificilmente deixará de ser campeão.
- Outra exceção, o Santos, mesmo não tendo o poderio financeiro do Flamengo, muito menos a torcida imensa, pratica um futebol priorizando o gol, estilo que sempre norteou o tatuado técnico Sampaoli. Maior defeito é material humano. O Santos é a quarta folha do futebol paulista. Ainda assim está em posição de relevo.
- Chega-se à conclusão inevitável que o futebol jogado com intensidade, o caminho do gol fica mais perto. Ceni priorizou isso no Fortaleza, com lançamento de uma equipe ofensiva. Se tivesse melhor material humano com certeza estaria em outra posição.
- Após o fracasso até mesmo na inexistente Taça Fares Lopes, onde sequer conseguiu ser um dos quatro semifinalistas, chegou a hora de uma varredura total no Ferroviário. Da diretoria, passando por Jurandi Júnior. Soube que nas eleições de novembro já estão listados quatro candidatos. Ah, se o tempo voltasse, prato cheio pra Ruy, do Ceará, o maior dirigente que passou pelo futebol cearense. Mas o tempo é cruel e só volta nas doces lembranças — parafraseando Fernando Pessoa.
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