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Fortaleza quase vence com gambiarra; Ceará imita o maior rival e levar uma virada no segundo tempo
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Fortaleza quase vence com gambiarra; Ceará imita o maior rival e levar uma virada no segundo tempo

Tipo Opinião

- Quem, por acaso, ainda se lembrava que Bonilha, Kieza, Araruna, este com especialidade, ainda estavam no Pici? Raros. A não ser o Ceni, que com eles convive diariamente, tamanho o elenco do Fortaleza, por vezes até esquece do nome de todos. Nesse caso, só apelando pro livro de chamada.

- O que passou pela cabeça de Ceni ter radicalizado a um ponto tal de lançar contra o Flamengo sete jogadores esquecidos pelo torcedor, difícil até mesmo de decorar seus nomes? Nem ele soube responder, até porque não foi pra tradicional coletiva.

- Quando um técnico chega a tal extremo no futebol costuma ser chamado de professor Pardal, aquele personagem que inventa coisas e acaba dando certo. Ceni bancou o Pardal, faltou pouco pra dar certo, não fora a inestimável colaboração do VAR, sempre ele, errando contra times menores.

- Porém, pior que o VAR é escalarem um árbitro imberbe, ainda por cima acovardado, com receio de prejudicar um clube de maior expressão. Até parece que a Comissão de Arbitragem faz isso de propósito. Um veterano ou calejado no apito não se deixa guiar pelo VAR, muito menos apela pra ele por qualquer bobagem. Objetivo é tirar o peso da consciência, se é que ainda tem. Força de uma camisa, diante dela a maioria se treme dos pés à cabeça. Exemplo — aquele pênalti marcado a favor do Flamengo simplesmente não existiu.

Fortaleza quase acerta por linhas tortas

Rogerio Ceni, técnico do Fortaleza
Rogerio Ceni, técnico do Fortaleza

- Intenção de Ceni com o passar do tempo começou a ficar clara. Primeiro por ter aberto mão da sua proposta de enfrentar o Flamengo dentro daquele modelo ofensivo tão usado por ele. Jogar aberto diante do melhor time do Brasil — deve ter pensado — é um convite pra ser goleado.

- Neste caso, por qual razão não apelar pra um modelo de precaução com jogadores que pudessem fazer este papel. cada qual em função específica. Vamos aos exemplos? Bonilha acompanharia os passos do lateral-direito, Marlon, que nunca foi ponta-direita, se encarregaria de barrar as subidas do lateral-esquerdo, Kieza seria um prato cheio pro papel de boi das piranhas, enquanto o Araruna vigiaria os passos do Arão, exatamente no setor de criação.

- Deu certo porque acabou sendo ajudado pela atuação um tanto decepcionante do Flamengo, sem três dos seus melhores jogadores. Poder de fogo do Rubro-Negro reduziu-se às estancadas do Gabigol, aqui e ali, da revelação Reinier, autor do gol da vitória, em jogada mil vezes ensaiadas, arma letal do Mengão.

- Esta uma das razões da gambiarra do Ceni ter dado (quase) certo. Só não deu de todo porque o time perdeu, embora não merecesse. Em resumo: ele queria um time precavido, disposto a estancar as jogadas do Flamengo, pouco preocupado em vencer — caso do Fortaleza — e sim evitar ser derrotado. Um empate já estaria de bom tamanho. Desde que o VAR deixasse e o péssimo árbitro não ajudasse. O VAR deixou e o árbitro ajudou.

- Quem do Flamengo esperou mais deve ter se decepcionado com o que viu. Resultado — o jogo se transformou numa xaropada, apesar de o Fortaleza, por recuar demasiadamente no segundo tempo, haver permitido o Flamengo alugar meio-campo. Explicável — quem apela pra este recurso está pedindo pra perder, naquela do sirvam-se à vontade. Explicada a gambiarra do Ceni.

Gabigol: artilheiro que se acha

Bom momento do Flamengo, de Gabigol, não convence o Mestre
Bom momento do Flamengo, de Gabigol, não convence o Mestre (Foto: Foto: Twitter Oficial do Estádio Mineirão)

- Como todo atacante tem uma forma singular de comemorar seus gols, Gabigol não podia fugir à regra. Quando balança as redes, ele faz pose de Superman, mostrando a força dos seus músculos. Ali fica durante alguns segundos. Mesmo cópia fiel, pegou, e a torcida vai à loucura.

Mosaico foi show à parte

Mosaico da torcida do Fortaleza contra o Flamengo na Arena Castelão exibe Cristo Redentor
Mosaico da torcida do Fortaleza contra o Flamengo na Arena Castelão exibe Cristo Redentor (Foto: Julio Caesar/O Povo)

- Mosaico montado pela torcida do Fortaleza, que demandou quase cinco horas, varando a madrugada, desta vez extrapolou. Aquela do Cristo Redentor ser mostrado, de braços abertos, vestindo a camisa do Flamengo e posteriormente a do Fortaleza, beira a genialidade.

Ceará: outro vira-lata

O jogador Samuel do Ceará durante a partida entre Santos e Ceará, válida pelo Campeonato Brasileiro 2019 na Vila Belmiro em Santos (SP), nesta quinta-feira (17).
O jogador Samuel do Ceará durante a partida entre Santos e Ceará, válida pelo Campeonato Brasileiro 2019 na Vila Belmiro em Santos (SP), nesta quinta-feira (17).

- Ontem à noite, Vila Belmiro, Ceará até deu a impressão de que poderia pregar uma surpresa ao Santos. Isto é, se o jogo só tivesse um tempo, quando o Alvinegro saiu na frente através de Lima, em falha de Éverson. Segundo tempo, o Ceará resolveu recuar todo o time pra segurar a vantagem. Erro fatal do técnico Adilson Batista — deu ao Santos a chance de tomar conta do jogo, atacar por todos os lados, empatar, desempatar e vencer de 2 a 1. O Ceará fez exatamente o que o rival Fortaleza fizera um dia antes. Alugou meio-campo ao adversário. Aí o Santos deitou e rolou...

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