Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
- Média de público de Fortaleza e Ceará, revelam os números, é a maior, até agora, do Brasileirão. Feito extraordinário, ponto tal de o próprio governador Camilo Santana postar em sua rede social enaltecendo o quanto torcedor cearense adora futebol.
- Pasmem. Chega a superar os grandes clubes brasileiros, com o diferença de que lá no Rio, por serem quatro, a média é pra cada um. Claro, individualmente, o Flamengo ganha disparado de todos. Juntando o quarteto a toada é outra.
- Feito de alvinegros e tricolores tira-se conclusão lógica e elementar. Aqui se escancara um mapa da mina, lamentavelmente não explorado pelos dirigentes, mentalidade curta, com receio de ousar em investir pra ganhar o triplo. Preferem formar equipes esforçadas e bisonhas.
- Reforços? Optam por atletas em fim de carreira, reservas de outros clubes, passados na casca do alho de tanto rodarem por aí afora. Aportam aqui como penúltima ou última morada.
- Contratação de impacto, aquela que leva público aos estádios, absolutamente nenhuma, quando sabe tratar-se de chamariz de torcedor, que detesta refugos e requentados. Até que possam decorar seus nomes, bote tempo.
- Há exceções, feito zagueiro Quintero, único colombiano que deu certo, recordista de presença em campo, só ficando de fora uma vez. Bom zagueiro, não, ótimo, que domina como ninguém sua gleba. Seus conterrâneos lamentavelmente fracassaram.
- Outra exceção, terceiro goleador do Brasileirão, Wellington Paulista, quase 15 camisas (ou mais), exigido por Ceni, ao vê-lo zanzando na Chape. Pra dele se livrar, nem cobrou multa contratual. Lá, como aqui, balançava as redes.
- Diferença de quem sabe este caminho trata-se de faro nato. Saudoso Amilton Melo uma vez cravou, quando perguntei porque Marciano fazia tanto gols se não era craque.
- Definição perfeita -"Ele está no lugar certo, nem um segundo a mais ou a menos, quando a bola atravessa a área. Aí, é só empurrar pras redes".
- Ceará, infelizmente, não teve a mesma sorte. Olho clínico de quem apontou soluções só podia estar furado. Quatro vieram. Ninguém acertou, a partir do veterano Roger. Os que chegaram depois, Bergson, Felippe Cardoso, William Popp, este, coitado, só entrou em campo uma vez. Será pior que os outros dois?
- Errou feio, menos porque quisesse, quando rebocou do Japão Wescley, de quem presidente Robinson sempre foi fã, gastando nota alta; Leandro Carvalho e Lima, que pela bolinha que vêm jogando impressão ter vindo à força.
- Galhardo podia ser a maior atração, não fora tão sazonal. Arrasa num jogo, nos dois próximos ninguém o enxerga em campo. Ponto alto está na defesa, onde Luiz Otávio é muralha.
- Fiquem a imaginar, se houvesse mais ousadia dos nossos cartolas, exemplo dado pelo Bahia e Goiás, que por terem investido bem brigam até mesmo pra entrarem na Libertadores.
- Quem não ousa num futebol de duas torcidas maravilhosas corre o sério risco de jamais saírem deste rame-rame, sina cruel, impiedosa de quem tem mentalidade tacanha.
(1) - Paulo Rodrigues de Souza, árbitro paulista, show domingo, é o caçula do apito brasileiro. Passaporte carimbado pra ingressar na Fifa próximo ano.
(2) - Aliás, árbitro ficou maravilhado com os mosaicos levados pelas duas torcidas, jamais tinha visto igual.
(3) - Ceni faz toda diferença. Após os jogos não vai de ônibus com os atletas. Carro devidamente acertado, ao lado do seu auxiliar francês, o leva rumo a Beira Mar, onde mora.
(4) - Cabe perguntinha idiota. Após toda aquela confusão, brigas, dentro, fora de campo, invasão, cadeiras voando, alguém por acaso foi preso?
(5) - Sem dar um prego em barra de sabão, FCF faturou, do bruto, R$ 14 mil, daí Mauro Carmélio ser visto cofiando bigodão dando gostosas gargalhadas...
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