Logo O POVO+
Causas & efeitos
Foto de Alan Neto
clique para exibir bio do colunista

Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Causas & efeitos

. SEM a bola rolar, campeonatos paralisados, sem qualquer perspectivas de quando vão voltar, nem ao menos se tem ideia de quando o vírus será extirpado ou controlado, o que não será quando a tempestade passar?

. SIM, porque nada é para sempre, assim como não há males que um dia não se acabem. O mundo está envolto pela síndrome do medo — não pode isso, não pode aquilo, o perigo ronda a partir de um simples espirro, as máscaras inundam a cidade.

. GOVERNO vem de lá e determina que feche tudo, que não se saia de casa, todos fiquem reféns de uma quarentena imposta pela ordem que vem de cima. E quem calafetará as contas que ficarão e as dívidas que se acumularão?

MEDO & HORROR

. HORROR gera horror. Medo gera medo. Sem se falar na enxurrada de informações que a televisão passa a transmitir dia e noite sem parar. A intenção é a de prevenir, nada contra, desde que não descambe para o exagero.

. HÁ um listão sem fim de coisas que se devem fazer. Em primeiro plano, lavar as mãos com álcool, prioritariamente em gel. Quer dizer, então, que sem o gel a higienização não terá o mesmo efeito? Tem, mas precisa ser 70%, que coisa. E tem comerciante aproveitando. Majoram três a quatro vezes os preços, se empanturrando de lucros.

E O QUE PODE?

. FARTURA de coisas que não devem ser feitas, ou proibidas, dobram quarteirões e quarteirões. Só não apareceu até agora um listão, ou mesmo uma listinha, de coisas que podem ser feitas sem causar danos. Esqueceram este detalhe. Provocam um clima de terror de um lado, mas omitem aquilo que se é livre pra fazer. Estão escancarados os chamados dois pesos e duas medidas. Sendo que um lado (o da proibição) tem um peso muito maior, até porque não se conhece o que pode se fazer. Beira ao ridículo, quando as coisas descambam para o exagero. Mas no Brasil sempre foi assim.

MESMO RITUAL

. FUTEBOL, nossa praia, o que não impede de meter o bedelho nas outras, o ritual é o mesmo, cujo alvo é o atleta. A cartilha também é imensa de coisas proibidas. Não pode passear com a família, jantar fora nem pensar, tomar sorvete na esquina, terminantemente proibido. Passear com o pet, pode?

. FINAL do mês, desde que seus nomes constem nos contracheques, recebam intactos, sem descontar os dias de exílio, menos mal, pois ninguém chiará. Ganharão na moleza, sem fazer força, menos por culpa deles, atletas, fique bem claro.

E OS CLUBES?

. COMO se atarão os clubes que têm folhas beirando a casa dos R$ 3 milhões, casos de Ceará e Fortaleza, afora outros compromissos? Se não há jogo, não há público. Se não há público, não há faturamento.

. PATROCINADORES não cobrem o tamanho das folhas e quem pensar que o programa do sócio-torcedor responde pelo prejuízo, engana-se redondamente.

. O PROGRAMA é válido e sem ele seria muito, muito pior. Quando muito, respondem por um terço ou metade da folha de pagamento. E se não há futebol pra ser visto, e eles pagam para tal, muitos desistirão de pagar ou só o farão quando a bola voltar a rolar. Não se paga por aquilo que não se vê, é o que passa pela cabeça da maioria. Torcedor é apaixonado, desde que não mexam no bolso dele na hora do cinto apertar.

AMOSTRA GRÁTIS

. ESTA é apenas pequena amostra grátis de uma situação desalentadora, na qual a perspectiva de solução está envolta em denso véu de mistério. Quando terminará? Ninguém sabe responder, nem tem a menor ideia. Dentro de 15, 20 dias, quem pode dar o aval de garantia? É uma perspectiva, longe de ter o selo de garantia da realidade.

. JEITO é deixar o tempo passar, até se encontrar uma solução. Até lá é debulhar terços e fazer promessas. A Deus, prioritariamente, não esquecer.

 

Foto do Alan Neto

Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?