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Qual é a graça de domingo sem futebol, praia, pracinha, igreja?
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Qual é a graça de domingo sem futebol, praia, pracinha, igreja?

Tipo Opinião

- Domingo sem futebol, sem praia, sem cinema, sem shopping, sem missa, sem culto, sem restaurante, até passear na pracinha tem lá suas restrições. Qual é a graça? Nenhuma. De repente, um vírus desconhecido, que resolveram batizar de covid-19, tanto fazia outro nome, anestesiou o mundo. Brasil, então, é ordem atrás da outra, todas com o rótulo de não pode, é proibido, se pegar alguém na praia, convidado a sair, se resistir vai preso. O mundo virou de ponta a cabeça.

Bando de carneirinhos

- Desde que me entendo no mundo, lá se vão muitos novembros, nunca presenciei nada igual. Não bastasse, além de cercearem toda a liberdade de ir e vir, um dos itens principais da Constituição brasileira, os donos da Cidade, do Estado, do Brasil, se arvoram do direito de ordenar que ninguém saia de casa, fecha comércio, fecha shoppings, mas não se responsabilizam com o rombo do prejuízo que virá como herança mais dias menos dias. De repente viramos um bando de carneirinhos, vergando-se às ordens superiores em nome da saúde pública.

O que falta inventar

- Ficar em casa tornou-se a única solução pra estancar que as pessoas sejam contaminadas, como se não fossemos todos adultos e não soubéssemos das nossas responsabilidades. Uma monumental prisão domiciliar, pois até ir ao supermercado, pode ou não pode? Pra completar faltam apenas inventar o uso da tornozeleira eletrônica. Todos nós, então, monitorados. Não demora a tomarem esta medida, podem esperar.

E a bola murchou...

- Se tudo está parado, o futebol entrou neste rolo mundial. Estádios vazios, campeonatos paralisados, arquibancadas fantasmas, jogadores em quarentena forçada e a bola murchou. Só não se sabe até quando, muito menos nem se tem a menor ideia. Resultado — clubes acumulando prejuízos no pagamento obrigatório das suas folhas, patrocinadores cancelando contratos, pois se não tem bola rolando, nem telinha mostrando a marca, vão pagar para que seus produtos não sejam vistos? Empresário não é trouxa. E jogador profissional, muito menos. Vão alegar que se não estão jogando é porque estão proibidos. Abrirão mão dos seus contratos tendo famílias pra darem sustento? Já sentiram a proporção monumental que o problema tomou?

Circo pegar fogo

- Desde que o mundo é mundo, é dividido em pessoas boas e más. Estas, então, daquele time que quer ver o circo pegar fogo, dando uma dimensão muito maior ao problema, que é mundial. E na visão deles, devem se multiplicar. Não é fácil deter o mal se o próprio ser humano se encarrega de fazê-lo ainda em maior dimensão. Aqueles que exercitam o mal, que fique bem entendido.

Como e quando?

- Que tudo haverá de passar um dia, inclusive é bíblico. Quantas pandemias já não tivemos e foram superadas? Incontáveis. Não vale enumerá-las nem escolher qual a pior delas. Mas passaram e o mundo prosseguiu em sua marcha normal. Esta não diferencia muito das outras a não ser em sintomas. Exemplos vale lembrar — um simples espirro pode ser um indício. Fica então proibido de espirrar, de tossir, de ter uma gripe, são os primeiros sintomas. Se vier com febre então o quadro está caracterizado. Cria-se então um imenso balão de pavor e a pessoas já se sentem vítimas do coronavírus. Pior é não estarmos preparados pra enfrentá-lo, nem aqui, nem em lugar nenhum. Menos mal que Brasil não seja único exemplo. Como e quando haverá uma solução? Melhor entregarmos a Deus.

Mil ideias

- No futebol, nossa praia de bola murcha, por enquanto, as ideias surgem aos borbotões. Não de como superar o problema, nem solucioná-lo, sim como encontrar fórmulas para quando a tempestade passar, bem entendido. Brasileirão bate à porta. Campeonatos e Copas não foram concluídos, fala-se em antecipação das férias como se fosse a maior solução criada por um Aladim qualquer do futebol. Antecipação das férias servirá pra empurrar o problema mais pra frente. Ademais, vai longe o tempo em que o jogador profissional era um alienado. Hoje, tem até Sindicato — e isso é ótimo — pra cuidar deles.

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