Alexandre Sobreira Cialdini é secretário do Planejamento e Gestão do Estado (Seplag-CE). É economista formado pela Universidade de Fortaleza (Unifor), com mestrado em economia pelo Caen, da Universidade Federal do Ceará(UFC). Também possui mestrado em Planificação Territoral e Desenvolvimento Regional, pela Universidade de Barcelona, especialização em políticas fiscais pela Cepal, pós-graduação em finanças públicas avançadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro, e doutorado na Universidade de Lisboa. Já teve passagem na pasta de Finanças das prefeituras de Caucaia, Fortaleza, Eusébio e São Bernardo do Campo (SP). Cialdini é auditor fiscal concursado da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE)
Foto: JoaoFilho Tavares
FORTALEZA-CE BRASIL, 02.06.2025 - Seminário do projeto Ceará Mais Digital (João Filho Tavares O Povo)
A palavra startup, originária da língua inglesa, combina os termos: start (começar) e up (para cima). Assim, são compreendidas como empresas que já nascem em ascensão, baseadas em inovação, disrupção e escalabilidade — ou seja, com alto potencial de crescimento e alcance.
Historicamente, a busca por soluções tecnológicas tem impulsionado avanços econômicos e sociais. De acordo com uma pesquisa recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - disponível em https://www.oecd.org/en/publications/oecd-science-technology-and-innovation-outlook_25186167.html - , há forte presença das universidades na gestação e incubação de startups. O estudo revela que, a cada dez iniciativas do tipo nos países da OCDE, sete são fundadas por acadêmicos.
Essas startups acadêmicas representam uma oportunidade única de transformar descobertas científicas em soluções de mercado, com amplo impacto social. Conforme os dados divulgados, entre 2010 e 2021, essas empresas tiveram 70% mais chance de obter financiamento e apoio por meio de programas de assistência, como aceleradoras e incubadoras. O valor gerado por essas empresas equivale quase ao Produto Interno Bruto (PIB) de uma economia do G7 – grupo formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Em 2021, os investimentos em startups superaram US$ 600 bilhões. O número de “unicórnios” — startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão — já ultrapassa mil e segue crescendo. Nesse cenário, o Estado busca protagonismo com o Programa Ceará Mais Digital. A Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag-CE), em parceria com a Fundação Demócrito Rocha e a Casa Azul, realizou concurso para premiar startups que tivessem como foco a governança interfederativa e a inteligência artificial.
O objetivo era selecionar soluções práticas para adoção e compartilhamento com os municípios cearenses. Das nove startups selecionadas, três foram premiadas. A campeã, Sued – Ficha Técnica, criou uma plataforma digital para o processo de produção e consumo de alimentos, aplicada ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que beneficiou, em 2024, cerca de 150 mil escolas e 40 milhões de estudantes.
A segunda colocada, Acqualog, desenvolveu sensores para monitorar a qualidade da água. O terceiro lugar ficou com a 4Eduaction, que criou jogos educativos e desafios para o ensino médio.
As três soluções têm alto potencial de aplicação prática e estão sendo preparadas para um processo de aceleração e escala, com acompanhamento de desempenho e avaliação de impacto nas políticas públicas.
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