Eleições estaduais no Maranhão, o 2º turno logo ali
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Mestra em Ciência Política pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pesquisa políticas públicas, em especial de combate à pobreza e de enfrentamento à pandemia; e teorias feministas. Faz parte da Red de Politologas e da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas
Foto: Divulgação
Ananda Marques, mestra em Ciência Política (UFPI)
A menos de uma semana das eleições, o cenário no Maranhão caminha para um segundo turno entre Carlos Brandão (PSB), com 41% das intenções de voto, e Weverton Rocha (PDT), com 20%. A pesquisa IPEC divulgada em 20 de setembro, contrasta com a de agosto, na qual Brandão tinha 28% e Weverton 16%; esse crescimento do primeiro colocado, apesar de indicar força para vencer no segundo turno, não garante encerrar a disputa ainda no primeiro.
E o crescimento de Brandão, ao que se deve? Em setembro aconteceu o maior comício da base aliada de Flávio Dino (PSB) no estado, com a vinda da comitiva de Lula (PT) e Alckmin (PSB), cujo efeito foi o reforço da associação de Brandão como sucessor de Dino e candidato de Lula. Além disso, a campanha eleitoral de TV e rádio contribuíram para que Brandão tivesse mais visibilidade e passasse a ser mais conhecido pela população; como sua rejeição é baixa e seu governo é avaliado positivamente, havia espaço para crescer e foi o que aconteceu.
Weverton parece ter estagnado na casa dos 20% e seu discurso de diálogo com os três primeiros colocados na disputa à presidência não surtiu efeito para angariar votos no Maranhão, cuja população tem preferência eleitoral significativa pelo candidato petista para presidência. Lahesio Bonfim (PSC), após atuação confusa no debate da principal emissora de televisão do estado, também parece ter alcançado seu teto eleitoral; se chegar ao segundo turno contra Brandão, será mais por falha de seus adversários do que por estratégia própria. E Edvaldo Holanda (PSD) que em agosto tinha 14%, perdeu metade das intenções de voto - na pesquisa de setembro teve apenas 7%, o que indica uma migração de seu eleitorado para candidaturas mais viáveis ou até mesmo, os efeitos de uma campanha que não deslanchou.
Ao que tudo indica, as eleições estaduais no Maranhão serão decididas no segundo turno entre Brandão e Weverton, com provável vitória de Brandão. Um segundo turno colocaria Flávio Dino numa posição de maior relevância na campanha para o governo, já eleito senador e aliado importante de Lula, seu apoio próximo se tornaria imprescindível para garantir o Palácio dos Leões para aquele que foi seu vice por sete anos. Mas, como a Ciência Política não prevê o futuro, estas são apenas análises possíveis.
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