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Fortescue acelera projeto de H2V no Ceará
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Fortescue acelera projeto de H2V no Ceará

Empresa trabalha na elaboração do Plano Básico Ambiental, que deve ser entregue em março deste ano
Tipo Opinião
Navio Green Pionner, da Fortescue, é movido a amônia verde e é uma das iniciativas globais da empresa na descarbonização (Foto: Arquivo Fortescue/Divulgação)
Foto: Arquivo Fortescue/Divulgação Navio Green Pionner, da Fortescue, é movido a amônia verde e é uma das iniciativas globais da empresa na descarbonização

A unidade de produção de hidrogênio e amônia verdes projetada pela australiana Fortescue para o Complexo do Pecém entrou na lista de projetos a serem acelerados pelo conselho da companhia. A decisão foi tomada em novembro de 2023, quando divulgou as últimas decisões de investimentos, e começa a ter as ações mais fortes neste ano.

"Acelerar é investir no desenvolvimento do projeto para que ele possa chegar a FID (final investment decision), mas, no caso do Pecém, está prevista a avaliação do FID em maio de 2025 (data que pode sempre mudar de acordo com as necessidades dos trabalhos de engenharia, jurídico e financeiro)", observa a empresa à coluna.

Com licença prévia emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace), a Fortescue foca nos trabalhos para a emissão da licença de instalação - a qual permite o início das obras físicas.

Equipes já estão no Estado para que o Plano Básico Ambiental seja concluído e entregue em março deste ano. Ao todo, são 27 pontos básicos que envolvem desde educação ambiental à estratégia de comunicação social. A expectativa é de que, em junho, seja posto em prática.

Sebastián Delgui, gerente regional de relações com o governo da companhia, encontra representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, hoje, inclusive. As tratativas alinham as exigências do Estado com as ações da empresa.

Os planos da Fortescue para o Ceará representam o maior investimento já feito por uma empresa no Complexo do Pecém. São previstos US$ 5 bilhões para a produção de 837 toneladas por dia de hidrogênio verde, com base no consumo de 2,1 GW de eletricidade de fontes renováveis. No total, serão 15 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano.

Ao que a coluna teve acesso, a companhia se mostra satisfeita - e até elogiosa - com a postura do governador Elmano de Freitas (PT), mas ainda se mostra insatisfeita com a política nacional. O projeto de lei que regulamenta a produção de H2V é celebrado e o projeto no Ceará apontado como um dos mais competitivos, mas incentivos são apontados como necessários para que o setor realmente exista no Brasil.

Para dar viabilidade ao negócio, independente das ações do Poder Público, a Fortescue mantém duas frentes de negociação: (1) com possíveis compradores de hidrogênio e amônia, dentro e fora do Brasil; e (2) com financiadores, os quais são todos estrangeiros até o momento.

Espera-se, a partir dos esforços da empresa e do cenário local, de que o conselho confirme o investimento no Complexo do Pecém em maio de 2025, como fez com projetos de energia verde da companhia nos Estados Unidos e Austrália, recentemente, e que somam US$ 1 bilhão.

Aneel avalia intervenção em concessionárias

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalia fazer intervenções regulatórias "associada ao aumento da resiliência do sistema de distribuição e de transmissão a eventos climáticos extremos". As experiências vividas por São Paulo no ano passado - e as quais os cearenses conheceram bem no Carnaval - devem ter motivado a iniciativa.

Nesse sentido, a Agência recebe contribuições até 25 de março para a chamada Tomada de Subsídios nº 02/2023. O acesso ao formulário é no site www.gov.br/aneel.

Formalmente, a Aneel diz que as mudanças climáticas e a frequência cada vez maior de eventos de elevada severidade no Brasil justificaram a decisão. O caminho, reconhece, deve ser o do debate. Afinal, a intervenção não vai adiantar se não houver infraestrutura capaz de atender à demanda - seja sob clima bom ou ruim.

1,2

milhão de reais foi investido pela Cagece na aquisição de cinco veículos elétricos modelo furgão. Os automóveis vão circular entre Fortaleza e Região Metropolitana. "A iniciativa faz parte da estratégia da Cagece de substituir a frota por veículos mais amigáveis ao meio ambiente", disse Neuri Freitas, presidente da Companhia.

Norcoast

O Porto do Pecém recebeu o primeiro navio da Norcoast há uma semana para um transbordo de contêineres. A operação da empresa é focada na cabotagem e tem no porto cearense expectativas de crescer em transporte de cargas. A primeira passagem foi em direção ao Porto de Manaus, mas as paradas devem ser semanais.

Aprendiz

A Vivo abriu cerca de 290 vagas para o Programa de Jovem Aprendiz. "sendo metade delas exclusivamente para talentos negros", informa a empresa. Várias cidades do país são contempladas. Só para Fortaleza (CE), são 65 oportunidades oferecidas. O processo seletivo será online e pode ser feito pelo link https://vivo.tl/jovemaprendiz2024.

Emprego

A Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp) apresenta, no próximo dia 22, os dados de empregabilidade de 2023, contabilizado pelas associadas. Guardadas sob sigilo ainda, as informações serão reveladas na primeira reunião do chamado Projeto Aproximar, na sede da Aecipp, no Campus do IFCE de Caucaia.

 

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