Quando a convicção pessoal de cada um afeta a economia
Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e está andamento de Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM
Você já se pegou compartilhando aquele vídeo maroto com muita informação e que causa reações diversas de surpresa, indignação, com aquela música de fundo melódica, que mexe com os seus sentimentos?
É notório que os aplicativos de conversas e redes sociais são um caldeirão de teorias da conspiração compartilhadas. São tantas informações ao mesmo tempo que ficamos perdidos e não sabemos em quem acreditar.
E foi assim na pandemia. Quantos questionaram os números de mortos por Covid-19 no Brasil? E aí você também vai nesta onda. Mesmo assim, não é estranho um número tão maior de mortes no País e a inércia em combater?
De janeiro de 2020 até o mês de maio, no Portal da Transparência do Registro Civil, foram 2.257.533 de mortes contabilizadas pelos cartórios brasileiros.
Em igual período anterior, indo de janeiro de 2019 a maio de 2020, eram 1.830.566 óbitos. Ou seja, com a pandemia, foram 23% mais mortes, o equivalente a 426.967 pessoas a mais morrendo de diversas causas. O recorde já foi de 1,7% de crescimento.
Questiona-se ainda a vacina, o que é válido, mas ao ponto de indicar não se prevenir, aí não é mais válido. O melhor seria remediar em vez da prevenção? E o melhor seria a imunização de rebanho, sem uso de máscara, em vez da vacina?
Até aqui, nem precisei falar da economia em si para você perceber o quanto essas teorias acabam se espalhando e criam uma verdade enganosa na população.
Em que refletiu? No quanto o Brasil e outros países tiveram de parar setores econômicos para tentar frear a disseminação do novo coronavírus, pois parte da própria população negligenciou a pandemia.
A pós-verdade mexe com o comportamento do consumidor, com os hábitos, em uma dimensão muito maior do que imaginamos.
Mesclamos uma crise sanitária, que por si só impacta a economia, com fantasias que viajam de Norte a Sul e aumentam a proporção do que já é grande.
Além de estender o tempo de pandemia, tivemos de aumentar os prazos dos auxílios, assertivamente, mas o que compromete o orçamento.
Chegamos ao recorde de 14,7% na taxa de desemprego. E apesar de os dados econômicos apontarem para uma tendência de retomada, é o número dos sem emprego que preocupa, pois é o fator dos mais importantes, mas o último a se recuperar.
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