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A baixa das salas comerciais e dos galpões
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Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e está andamento de Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM

A baixa das salas comerciais e dos galpões

Dos bairros de Fortaleza, Aldeota e Merireles concentram a parte comercial de prédios com salas mais desejados
Tipo Análise
Vista aérea Praça Portugal (Foto: Mateus Dantas para O POVO em 02/09/2016)
Foto: Mateus Dantas para O POVO em 02/09/2016 Vista aérea Praça Portugal

O investidor que decidiu apostar em salas comerciais e galpões antes da pandemia viu que após o impacto da crise sanitária a venda e o aluguel das unidades não estão rentáveis, pois os preços caíram. Mas bom para quem quer comprar.

Acontece que muitas empresas viram que está mais fácil ficar em casa. Grandes escritórios de advocacia em Fortaleza, inclusive, entregaram andares inteiros e permaneceram com uma sala ou outra para receber clientes. Mas o grosso do funcionamento ficou no home office

"A negociação está mais fácil, pois há mais imóveis disponíveis para poder comprar, você consegue barganhar o preço", detalha Thyago Pinheiro, engenheiro civil avaliador, dono da TPR Engenharia.

Ele diz que há muitos empresários que conseguem segurar por um tempo e não precisam aceitar barganhas. Mas, muitas pessoas estão no mercado com a crise e precisando vender. Então, vão acabar ofertando abaixo do valor de mercado.

"Hoje o valor de imóveis comerciais baixaram bastante, diferentemente de casas e apartamentos residenciais. Mas, ainda assim você consegue negociar", complementa.

Dos bairros de Fortaleza, Aldeota e Merireles concentram a parte comercial de prédios com salas mais desejados. Os espaços voltados para a área da saúde não baixaram tanto, pois é um mercado que o paciente vai presencialmente, por exemplo, em uma consulta com o médico.

A outra diferenciação é entre torres novas e antigas. Estas últimas Thyago avalia que caíram bastante os preços, mas os novos estão com valores acima dos demais. "Há locais onde funcionavam advocacia, empresas de engenharia, de arquitetura e hoje com a pandemia muitas destas profissões continuam sendo executadas em casa."

Para se ter uma ideia, dependendo do tipo de sala, houve uma queda entre 20% a 40%. Lembrando que a barganha também varia com a quantidade que se quer adquirir. Tem escritório que quer um andar todo, aí independentemente da sazonalidade, o poder de negociação aumenta. "Um prédio onde a sala custava R$ 500 mil, após esse período mais tenso de pandemia você compra por R$ 350 mil."

O Centro também é região de salas comerciais, mas são unidades mais antigas e voltadas para o nicho do comércio, apesar de haver advogados e médicos atuando por lá. Porém, valor é menor, pois o foco dos profissionais é Aldeota e Meireles. 

Neste negócio, ele citou as torres do BS Design da BSPar, que quem comprou antes da pandemia agora teve perda de negociação. Mas frisa que o empreendimento é mais valorizado que a média do mercado, pois não é apenas a sala que vem junto com o investimento, tem todo o serviço.

Na parte de galpão, a procura maior, em Fortaleza, é perto do Castelão. "Esse mercado de galpão naquela região está ruim. Muitos saindo."

Já na Região Metropolitana o destaque vai para a área industrial de Maracanaú. Houve retração nos valores também, mas não como o de Fortaleza, que teve recuo em cerca de 40%, enquanto na RMF foi entre 15% e 20%.

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