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O discurso de energia mais barata
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Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e está andamento de Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM

O discurso de energia mais barata

A equipe de transição calcula rombo de R$ 500 bilhões bilhões que poderá ser paga pelos consumidores
Tipo Opinião
Usina de Itaipu (Foto: Governo Federal)
Foto: Governo Federal Usina de Itaipu

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O governo atual anunciou ontem a nova tarifa de Itaipu que desde 2009 era paga pelos consumidores da energia e custava US$ 22,60/kW. No fim do mandato, o novo valor passará a ser 43,94% mais em conta que do início do governo, em 2019. Mas, ante 2022, a tarifa será 38,9% menor no próximo ano.

No discurso, o Ministério de Minas e Energia diz que a atual gestão tem o compromisso de colocar o consumidor de energia elétrica sempre em primeiro lugar. Mas, esqueceram de citar os rombos deixados no setor da energia justamente para o consumidor pagar.

Grendene

Transitou em julgado Acórdão favorável do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que reconheceu o direito da Grendene de não incluir valores de benefícios fiscais concedidos pelo Estado do Ceará na base de cálculo do IRPJ e da CSLL e afastou as restrições que condicionava a não tributação dos valores à sua manutenção em conta de reserva de lucros. Assim que fechado, a companhia vai avisar aos acionistas sobre a destinação dos valores.

Marquise I

Depois de dois anos de pandemia com impactos severos no turismo, os números mostram retomada. O segmento é um dos que mais crescem nas pesquisas do IBGE. E essa força pode ser vista por José Carlos Pontes por meio do Hotel Gran Marquise. À coluna ele diz que 2022 já tem o melhor resultado da história do negócio. Ante a pré-pandemia, o crescimento de receita é de 30%, "mas o crescimento de resultado foi bem maior que o da receita."

Dessalinização

O projeto de dessalinização da água do mar para dar segurança hídrica a Fortaleza e Região Metropolitana chegou a ser contestado em setembro pela Anatel, que emitiu recomendação contrária à instalação na Praia do Futuro em razão do impacto que a operação pode causar aos cabos submarinos de fibra óptica.

Mas, José Carlos Pontes, sócio-fundador do Grupo Marquise, que lidera a empresa Águas de Fortaleza para a dessalinização, diz que o projeto está em fase de conclusão e dentro do cronograma.

Para uma nova planta de dessalinização, voltada ao hub de hidrogênio verde no Pecém, José Carlos adianta que a empresa ainda está evoluindo nas negociações e procuram parcerias. Até o momento quem disse publicamente que pretende fazer este tipo de planta foi a australiana Fortescue. 

Aquisição de escolas

Fernando Pontes, CEO da Multiverso Educação(Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Fernando Pontes, CEO da Multiverso Educação

A Multiverso Educação chegou ao mercado de aquisição de escolas no Ceará, fechou a compra já anunciada de uma unidade de bairro em Messejana e declarou com exclusividade à coluna que vai construir do zero um empreendimento em Maracanaú.

Com investimento inicial de R$ 10 milhões, o “xodó” de Fernando Pontes, CEO da Multiverso Educação, ficará próximo ao loteamento Jardins da Serra, num terreno de 20 mil m². A ideia é começar com 30 salas, tendo auditório, espaço para formação de professores, indo do berçário até o fundamental I, depois, com expansões, ir do fundamental II ao ensino médio.

Sobre o espaço, serão 7 mil m² construídos, com previsão de inaugurar em 2024 e projeto visando a preservação das árvores no local, repleto de carnaúbas.

Quem é a Multiverso Educação

É uma empresa de aquisição de escolas de bairro, voltada para as de médio porte, com número de alunos a partir de 300 e faturamento acima de R$ 2 milhões anuais.

A ideia é comprar aqueles colégios familiares e dar uma solução para os fundadores de escola que não têm sucessão.

Na troca de dono, Fernando frisa que mantém os funcionários, mas promove o modelo de educação da Multiverso, baseado no sistema de ensino pH da Somos Educação, muito utilizado em São Paulo, por exemplo, no colégio Anglo.

“Compramos a empresa, o CNPJ, os problemas, as soluções e os benefícios. Ficamos com os funcionários e colocamos uma diretora de unidade formada no sistema Multiverso”, complementa.

Como possuem um Centro de Gestão Especializado em Escolas, focam na formação de novos diretores de unidades.

Planos da Multiverso para os próximos anos

A projeção da empresa é comprar 15 unidades em cinco anos em Fortaleza e Região Metropolitana, atingindo o faturamento de R$ 100 milhões no período. “Mas talvez fiquemos pequenos e podemos pensar em expandir no Nordeste.”

Somente para 2023, estimam adquirir três escolas de bairro. Fernando detalha que já mapeou entre 45 e 60 escolas que estão nesse perfil procurado pela Multiverso, dentro do ecossistema mais amplo de cerca de 700 unidades escolares na Capital. 

Primeira compra

O primeiro colégio adquirido pela Multiverso Educação foi o Sousa Correia, que existe há 26 anos no bairro Messejana. O processo de compra foi concluído em setembro deste ano.

Por enquanto, toda a operação é feita com recurso próprio, mas já buscam fundos de investimentos para ganho de escala.

Para Messejana, o contrato inclui o prédio, imóveis e a rede aportará R$ 3 milhões em três anos na escola.

Sobre a mensalidade, Fernando detalha que a empresa procura se posicionar com ticket médio menor do que o da redondeza, oscilando 20% abaixo. Como são filiados ao Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), seguem também os percentuais de reajustes anuais para ficar dentro do valor de mercado, com alta entre 8% e 10% na mensalidade para 2023.

A meta em Messejana agora é também aumentar em 50% o número de matrículas, em uma escola que hoje tem 300 alunos, mas já teve 900. 

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