Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e está andamento de Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM
O Grupo Amazon está de olho na sua meta de descarbonização e compra de energia renovável e tem mais de 300 projetos pelo mundo. Isso reflete no braço Amazon Web Services (AWS), que vai liberar nuvem para Pesquisa & Desenvolvimento nas universidades. Isso atinge diretamente os trabalhos para fomentar o hub de hidrogênio verde no Ceará.
Isso é o que detalha Paulo Cunha, diretor geral para o setor público da AWS Brasil, em entrevista exclusiva à coluna.
"Gostaríamos de expandir Pesquisa & Desenvolvimento com UFC (Universidade Federal do Ceará) e Uece (Universidade Estadual do Ceará) e com universidades privadas que fazem o cinturão do mundo acadêmico", frisa o gestor.
A ideia é utilizar a educação em nuvem para este auxílio, mas em particular nas áreas de energias renováveis, com o suporte do Governo do Ceará.
"O desafio desse ano é colocar essa expansão na área de energias renováveis e crescimento em Pesquisa & Desenvolvimento. Através disso, vamos fomentar para que as universidades usem a nuvem e hidrogênio verde vai ter o seu espaço."
Questionado sobre prazos e como fazer para acessar, ele diz que logo mais vai ter as instruções detalhadas, mas o mediador para isso será a Secretaria do Planejamento no Ceará (Seplag) e o Centro de Competências para Transformação Digital do Ceará (CCTD) que a AWS tem no Estado.
Sobre a sua visão de Ceará, ele diz que além de ser um estado pioneiro na América Latina em uso de nuvem no sistema público, tem a legislação mais moderna do País em termos de governança digital.
"O maior reconhecimento que o Ceará teve foi quando o BID aprovou para a área de transformação digital um empréstimo importatíssimo", complementa.
Trata-se do contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiamento de projetos do programa de tecnologia para a Unidade de Gerenciamento do Programa Ceará Mais Digital, coordenado pela Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag).
O crédito tem prazo de execução de 60 meses (cinco anos), foi realizado em novembro de 2022, e consiste em 30 milhões de dólares, com contrapartida de 7.750 milhões de dólares do Estado.
Dentre os destaques da atuação da AWS no Ceará, além do ponto de localização em Fortaleza, inclusive um dos únicos do Brasil, pois somente a mais no País tem São Paulo e Rio de Janeiro, a empresa foca mesmo em capacitação.
Para além de já planejar ampliar e apimorar o CCTD, querem fomentar o C-Jovem, que, na primeira etapa, o projeto-piloto na rede pública estadual de ensino capacitou 214 professores.
Foram transmitidos conhecimentos de nuvem a mais de 5.600 alunos dos cursos técnicos em Rede de Computadores e em Informática de 116 Escolas Estaduais de Educação Profissional.
No segundo semestre de 2022, o programa foi retomado envolvendo cerca de 1.000 alunos. Além disso, 50 jovens formados na primeira turma atuaram como tutores dos novos alunos.
Tem ainda a AWS Academy, que no Ceará foi voltado para os egressos do sistema prisional, e que oferece um currículo de computação em nuvem que prepara os alunos para buscar certificações reconhecidas pelo setor e trabalhos em nuvem sob demanda.
Ao final do curso, os participantes agendam o exame da certificação AWS Certified Cloud Practitioner, voltada às soluções de computação em nuvem oferecidas pela AWS, válida mundialmente.
Paulo Cunha também fala em apostar no re/start, que é um programa de desenvolvimento de habilidades e treinamento de trabalho, que prepara os alunos para carreiras de nível básico em nuvem sem nenhum custo e sem exigência de experiência anterior.
Mas lembrou ainda que a empresa apostou no Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará (Íris).
"Fomos o grande patrocinador do laoratório de dados do Estado e o big data social talvez seja o programa mais improtante, que baseia o planejamento de políticas públicas do Estado."
Além dos projetos, a companhia investiu, nos dias 21 e 22 de junho, no AWS Smart Business Day. O foco foi nas pequenas e médias empresas (MEs).
Foram realizadas 20 sessões mostrando que qualquer empresa de qualquer área de atuação pode se beneficiar da nuvem para inovar mais rápido, oferecer mais segurança aos dados dos seus clientes, aumentar a produtividade e crescer sem fazer grandes investimentos em hardware.
Cada painel combinou sessões de negócios, apresentações de clientes PME e de parceiros, além de sessões técnicas que mostraram perspectivas diferentes e complementares para cada caso de uso da nuvem.
Na entrevista, Cleber Morais, diretor-geral Amazon Web Services no Brasil, ainda compartilhou as novidades da AWS no mercado.
Ele cita o Amazon Bedrock, um serviço para construir e escalar aplicações generativas de IA.
O serviço dá acesso simplificado aos modelos de fundação (FMs), ou seja, os modelos de machine learning (ML) ultra-grandes dos quais a IA generativa depende, dos principais fornecedores de modelos de inicialização de IA, além de acesso exclusivo à família de FMs Titan, desenvolvida pela AWS.
Com acesso a essa variedade de fornecedores líderes no mercado, os clientes têm flexibilidade para usar os melhores modelos para suas necessidades específicas, com a vantagem de ser fácil personalizar um modelo.
Outra solução recém-lançada tem como objetivo tornar a codificação mais fácil e rápida.
O Amazon CodeWhisperer usa IA generativa para fornecer sugestões de código em tempo real, com base nos comentários do usuário e seu código anterior. Desenvolvedores podem acessá-lo gratuitamente, sem qualquer limite de uso.
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