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CGD expulsa mais um PM por participação no motim de 2020
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

CGD expulsa mais um PM por participação no motim de 2020

Demissão do soldado Adriano Cavalcante Gomes foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 13. Ele é o quarto PM a ser excluído no caso
Paralisação de militares ocorreu em fevereiro de 2020 e gerou uma série de processos disciplinares (Foto: Fco Fontenele)
Foto: Fco Fontenele Paralisação de militares ocorreu em fevereiro de 2020 e gerou uma série de processos disciplinares

A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) oficializou nesta quarta-feira, 13, a demissão do soldado Adriano Cavalcante Gomes dos quadros da Polícia Militar do Ceará. Ele é o quarto caso de PM excluído da corporação por participação no motim de agentes de segurança realizado em fevereiro de 2020 no Ceará. O soldado ainda pode recorrer da demissão.

A demissão integra ato do controlador-geral de Disciplina, Rodrigo Carneiro, publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 13. Segundo o texto, “ficou evidenciado” que o soldado “violou a autoridade e disciplina militar, agindo de maneira inadequada para um militar da PMCE, cujos princípios basilares são a hierarquia e a disciplina”.

Ainda de acordo com a decisão, Adriano Cavalcante Gomes teria agido “em desprezo à publicização de recomendações do MP-CE e do Comando Geral da PMCE, nas quais se reforçou a todo efetivo da PMCE acerca da ilegalidade de movimentos contrários à hierarquia e à disciplina” ao “aderir espontaneamente ao movimento reivindicatório ocorrido na Assembleia Legislativa do Ceará em 18 de fevereiro de 2020”.

“(O ato registrado na Assembleia) que deflagrou a greve de parte do efetivo dos militares estaduais do Ceará, o que demonstra afronta à deontologia militar e, em assim sendo, praticando ato de incitação à subversão da ordem política e social, e contribuindo para que outros policiais militares também atuassem com desobediência”, segue a decisão.

No processo administrativo que analisou a demissão, foi incluído vídeo em que o soldado aparece próximo do deputado estadual Soldado Noelio (Pros), representante dos policiais militares, e os agentes aparecem discutindo questões salariais. Adriano chegou a afirmar que estava no local apenas em deslocamento para uma faculdade, o que foi rejeitado pela investigação da comissão processante.

Em junho deste ano, outro soldado da PMCE, Raylan Kádio Augusto de Oliveira, também foi punido por participação do motim de 2020. Naquela ocasião, no entanto, foi aplicada sanção de expulsão, considerada mais grave pela legislação militar.

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