O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O YouTube retirou do ar nesta quinta-feira, 9, vídeo da transmissão ao vivo de uma audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Fortaleza que debateu o chamado passaporte da vacina. Segundo a rede social, a transmissão, que contou com uma série de discursos com ataques a vacinas, violou as regras da comunidade da plataforma.
O projeto de lei do passaporte da vacinação, proposto pelo prefeito José Sarto (PDT) e atualmente em discussão na Câmara Municipal, quer obrigar a apresentação de comprovante de vacinação para acesso a prédios públicos da Capital. O projeto, no entanto, é alvo de protestos da oposição na Casa, que acusa o prefeito de ferir a “liberdade de ir e vir” dos fortalezenses.
Na última terça-feira, 7, a vereadora Priscila Costa (PSC) coordenou uma audiência pública sobre o tema no Legislativo, que acabou virando um ato público da oposição contra a adoção do passaporte sanitário.
Reunindo sete vereadores da oposição de Sarto, a maioria religiosos ou bolsonaristas, o ato contou também com participação de uma série de convidados, a maioria com discursos questionando a eficácia de vacinas contra a Covid-19 ou até acusando – sem comprovação científica sólida – os imunizantes de possíveis efeitos colaterais graves.
Na manhã desta quinta-feira, 9, no entanto, o vídeo da transmissão foi retirado do ar pelo YouTube, que entendeu que as imagens violavam as diretrizes da plataforma ao difundir informações falsas ou questionáveis sobre vacinas. Segundo vereadores favoráveis ao passaporte sanitário, o canal da Câmara Municipal na rede foi inclusive alertado para que não voltasse a publicar conteúdo do tipo.
Autora do requerimento que propôs o debate sobre o tema na Câmara, a vereadora Priscila Costa criticou a remoção do vídeo, classificando a ação do YouTube como “censura contra opiniões divergentes”. Em discurso da tribuna da Casa, ela afirmou que a audiência buscava apenas trazer “informações” sobre o debate do tema no Legislativo.
Em nota, a Câmara Municipal de Fortaleza destacou apenas que realizou “normalmente” a transmissão de uma audiência pública aprovada em requerimento pelos vereadores. A Casa destaca que esta é a primeira vez que o canal oficial do Legislativo de Fortaleza sofreu algum tipo de represália do YouTube por violação de regras da plataforma.
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