Presidente do PDT no Ceará, o deputado federal André Figueiredo minimizou recentes declarações de líderes locais do PT contra uma possível indicação do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) como candidato da base aliada ao Governo do Ceará.

“Nós vemos com naturalidade. Do mesmo que eles têm o direito de ter preferência por um nome ou outro, nós temos também o direito de externar nossa autonomia. Não interfere em nada, quem decide a candidatura do PDT é o PDT. Ao PT cabe escolher o candidato a senador, que já escolheram, que é o Camilo (Santana, ex-governador)”, diz.

Em entrevista ao Jogo Político desta terça-feira, 10, o ex-presidente do PT Ceará, De Assis Diniz, reforçou a preferência da legenda pela indicação de Izolda Cela (PDT) como candidata da base aliada. Na fala, o líder petista chegou a afirmar que o partido deverá lançar candidatura própria caso o PDT opte por lançar Roberto Cláudio para a vaga.

André Figueiredo afirma, no entanto, que pedetistas ainda iniciarão o processo de escolha do candidato da sigla e que seguem no páreo, além de Izolda e RC, o presidente da Assembleia, Evandro Leitão, e o deputado Mauro Filho. “Não alterou em nada”, diz.

“No dia em que algum partido aliado chegar e falar qualquer defeito, de qualquer um dos nossos candidatos, que macule a aliança, como dizer que é corrupto, que é aliado do Bolsonaro, que é antidemocrático, nós certamente reavaliaremos. Agora, dizer que não quer porque não quer é abuso”, continua o presidente do PDT Ceará.

André Figueiredo destaca ainda que, apesar das divergências, pedetistas desejam “preservar ao máximo” a boa relação com petistas no Ceará. “Acreditamos que vamos preservar essa aliança. Não é possível que queiram que se repita no Ceará o que está acontecendo no Brasil, em termos desse Governo Federal”, diz.