O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), cobrou nesta segunda-feira, 16, um “mea-culpa” do Partido dos Trabalhadores por casos de corrupção revelados durante os governos do partido. A fala ocorreu durante entrevista do pedetista à Rádio FM Assembleia, no momento em que Sarto defendia pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) a presidente.

“A prudência do PT era, primeiro, fazer um mea-culpa. Ou não houve corrupção no governo do PT? Da Dilma, do PT? Ou o Eduardo Cunha (MDB, ex-deputado) está mentindo, ou o Palocci (Antônio, ex-ministro de Lula), está preso de graça? Ou o Vaccari (ex-tesoureiro do PT) está preso de graça? Seria mais justo com a população reconhecer”, diz.

O prefeito ainda rejeitou recente movimento de petistas que tentam convencer Ciro a desistir da disputa, o que facilitaria, segundo eles, uma vitória de Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro turno. “Não existe a menor possibilidade disso”, disse.

“Eu quero sonhar que o bom senso vai prevalecer. Veja que o ex-presidente Lula, que fez seu governo, que tem sua história, que tem sua vida a defender. O ex-presidente tem esse histórico, mas tem também um passivo a defender no que diz respeito à corrupção de parcela do partido dele”, diz, citando ainda período de 500 dias em que Lula foi preso.

“O que acontece é que, por vezes, as pessoas o tratam como Deus, e ele não é. Nem ele nem o Ciro, o Bolsonaro. Tem que tratar de forma racional: ele teve sua história, seu momento. Mas nesse momento que passamos, o País voltando a encarar a inflação, a gasolina no preço que está (...) temos que ser racionais, e a melhor escolha é o Ciro”.