Vereador de Fortaleza que tem virado uma espécie de “porta-voz” de Ciro Gomes (PDT) e do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) na Câmara Municipal, Adail Júnior (PDT) voltou a causar polêmica durante a sessão da última terça-feira, 21, da Casa.

Em discurso no plenário, Adail fez uma série de críticas à aliança entre PT e PDT no Ceará, mas aproveitou a deixa para “puxar a orelha” de correligionários que, segundo ele, estariam fazendo “corpo mole” para trabalhar pela campanha de Ciro Gomes (PDT) a presidente.

“Nós pedetistas deveríamos estar preocupados era com o palanque de Ciro Gomes, que está andando todo o Estado do Ceará e ninguém vê. Dificilmente você vê um pedetista dizer que é Ciro Gomes, postar nas suas redes sociais que é Ciro Gomes. Me diga um petista, um bolsonarista, que não está fazendo isso 24 horas por dia", questiona.

“Como não dizer que é bom demais defender Roberto Cláudio, que é bom demais defender Ciro Gomes? Porque as desculpas são as mais descabidas, são as mais inverídicas, as mais demagógicas que você possa imaginar numa política de um estado”, afirma.

Palanque duplo?

As críticas de Adail ocorreram horas antes de uma reunião “de emergência” realizada pela bancada do PDT na Assembleia Legislativa. Depois do encontro, os treze deputados lançaram nota conjunta destacando apoio à reeleição do pedetista.

As tensões ocorrem em meio à intensificação da polarização entre a governadora Izolda Cela (PDT) e o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) pelo posto de candidato da base aliada ao Governo do Ceará. Nos bastidores, o que se comenta é que uma candidatura de RC seria mais "fiel" a Ciro, enquanto Izolda, que tem apoio de petistas, abriria maior espaço para um palanque duplo com Lula (PT) e Ciro no Estado.