O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Dois dos principais líderes do PT e do PDT no Ceará, os deputados federais José Guimarães (PT) e André Figueiredo (PDT) se reuniram nesta terça-feira, 28, para debater o cenário eleitoral do Ceará. Na conversa, eles teriam reforçado como "central" o interesse de manutenção da aliança entre os partidos no Ceará.
"Nós temos unidade em torno do ponto que é a centralidade, que é manter aliança entre PT e PDT. Qual o nome, é claro que isso vai passar por uma avaliação do PDT e, evidentemente, ouvindo os partidos aliados como o PT. Nós temos uma opinião, o PDT sabe qual é, mas é necessário que a centralidade do problema seja a manutenção da aliança no Ceará", disse José Guimarães.
Sobre sinais recentes de que a relação entre as siglas teria “azedado”, Guimarães minimiza: “Há muita ilação e muita fofoca, especulação”, diz. “O fato é que nós temos uma opinião aí no Ceará, que é partilhada pelo Lula, Gleisi e Camilo, que é a de manutenção da aliança com candidatura da Izolda”, destaca.
Ele destaca, no entanto, que é necessário que o “central” da discussão seja a manutenção da aliança. “Que, ao final, será chancelada, se concretizando, pelo Cid (Gomes, senador) e pelo Camilo Santana”, destaca. Guimarães afirma que irá conversar sobre o assunto na próxima quinta-feira, 30, com Camilo e com o presidente do PT Ceará, Antônio Filho.
O encontro entre Guimarães e Figueiredo foi o primeiro gesto público de reaproximação dos dois partidos em meses. Desde o final de maio, vinham ficando mais públicas resistências dentro do PT a uma possível candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo. Em entrevista recente, Guimarães chegou a afirmar que o partido buscaria "outro caminho" caso o ex-prefeito fosse confirmado para a chapa.
Logo após a reunião, Figueiredo classificou o encontro como "muito positivo" em publicação nas redes. "Trabalharemos juntos visando a unidade de um projeto vitorioso, para o bem do nosso povo". "Eu acredito que serviu realmente para reaproximar algo que não estava realmente tão distante, a não ser pelo que circulava na imprensa ou se postava nas redes sociais. Tinha esse barulho, mas nunca do próprio Guimarães, de uma forma irreversível", diz.
"Estamos construindo essa unidade, que é indispensável. É um projeto competente, de governos elogiados, com redução da desigualdade. Não tem para que dar essa chance ao azar e, com uma eventual divisão, viabilizar o adversário", continua o pedetista, que destaca não existir nenhuma "incompatibilidade" para a existência de dois palanques, para Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), na base aliada do Ceará.
"Nós já temos experiência disso, na eleição passada o PT foi com o Haddad e nós com o Ciro, e os dois com Camilo governador e Cid senador", afirma. O deputado destaca, no entanto, que foi reforçado que não existe nenhum tipo de "veto" para qualquer nome dos quatro pré-candidatos em disputa pelo PDT.
"Eles têm essa preferência pela Izolda, que é legítima, até porque a Izolda é extremamente competente, mas entendemos que vetos de qualquer tipo seriam desgastantes, porque cada um dos quatro mereceria esse apoio. E foi uma conversa nesse sentido, de irmos respeitando os processos internos de cada partid".
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