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Relator da CPI do Motim cita Wagner várias vezes e diz que associações foram "partidarizadas"
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Relator da CPI do Motim cita Wagner várias vezes e diz que associações foram "partidarizadas"

Relatório de Elmano Freitas tem dezenas de menções a Capitão Wagner e ao motim de 2020; CPI aponta "sindicalização" e "partidarização" de associações
CPI do Motim na Assembleia Legislativa (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves CPI do Motim na Assembleia Legislativa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Motim, que investiga o financiamento de associações ligadas a policiais militares no Ceará, realiza nesta quarta-feira, 13, sessão de leitura do relatório final das investigações.

Até agora, ainda não é possível saber detalhes dos pedidos de encaminhamento que a CPI deverá fazer. A coluna apurou, no entanto, que o grupo deverá pedir o indiciamento de uma série de dirigentes de associações por suposta participação no motim de 2020.

Logo nas primeiras páginas do documento, no entanto, o relator Elmano de Freitas (PT) já faz uma série de acusações graves contra as associações, apontando inclusive uma “sindicalização” e “partidarização” das entidades, o que violaria a legislação em vigor. 

Os primeiros momentos do discurso também foram marcados por uma série de citações a líderes da oposição no Ceará, como o deputado federal Capitão Wagner (UB) e o ex-deputado Cabo Sabino, expulso da PMCE após participação no motim de 2020. A maior parte das acusações envolve a Associação dos Profissionais da Segurança (APS), que já foi presidida por Wagner e outros líderes da oposição.

Em seu discurso, Elmano citou ainda diversas páginas de um livro, que teve participação de Wagner, relatando os movimentos de policiais no Estado. “Chegam a citar no livro, de forma vaidosa, que, muito além das reivindicações classistas, o movimento se transformou em um grupo político”, destaca o relator.

A oposição, no entanto, tem rebatido as teses de irregularidades nas associações de PMs. Na sessão desta quarta-feira, 13, o deputado Soldado Noelio (UB) voltou a acusar o grupo de ter interesses "eleitoreiros", tendo sido criado apenas para desgastar Wagner, que é pré-candidato ao Governo do Ceará.

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