O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Apesar de pouco determinante, o efeito do recebimento do Auxílio Brasil dentro da disputa pelo Governo do Ceará pode ser percebido sobretudo entre as candidaturas de Roberto Cláudio (PDT) e Elmano Freitas (PT). Segundo pesquisa Ipespe divulgada na última semana, os dois candidatos crescem até 5% entre não beneficiários do programa.
Tanto entre beneficiários e não beneficiários, no entanto, o candidato mais citado é Capitão Wagner (UB), que tem pouca alteração de eleitores entre os dois grupos. Ao todo, 38% das pessoas que recebem o Auxílio Brasil – ou moram com alguém que recebe o benefício – dizem que votarão em Wagner na eleição deste ano. Entre aqueles que não recebem nem irão receber, o índice é praticamente o mesmo, com 39% preferindo o candidato do UB.
Entre eleitores de Roberto Cláudio, no entanto, a mudança é mais perceptiva, com 25% das pessoas que recebem o Auxílio Brasil dizendo que votarão no ex-prefeito. Entre pessoas que não recebem o benefício, no entanto, o pedetista cresce 5 pontos percentuais, chegando a 30% da preferência deste segmento.
Elmano Freitas registra movimento semelhante neste recorte do eleitorado, sendo citado como candidato preferencial por 10% das pessoas que recebem o benefício do Governo Federal em casa. Já entre aqueles que não recebem nem receberão o Auxílio Brasil, o candidato do PT cresce 5%, chegando a 15% das intenções de voto.
Outro movimento curioso nesse cenário é que pessoas que recebem o benefício são hoje mais indecisas ou propensas a anularem o voto na disputa. Ao todo, 14% dos eleitores que dizem receber o Auxílio Brasil dizem que votarão em branco ou nulo na eleição para o Governo do Ceará, com 10% alegando indecisão até o presente momento.
O mesmo índice é menor entre aqueles que não recebem o benefício, com apenas 9% deles alegando voto branco ou nulo, e 5% afirmando que ainda não definiram candidato.
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