Logo O POVO+
RC: Izolda não seguiu "compromisso"
Foto de Carlos Mazza
clique para exibir bio do colunista

O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

RC: Izolda não seguiu "compromisso"

A declaração do candidato do PDT ao governo do Estado foi no programa Cena Pública da TVC
ROBERTO Cláudio no programa Cena Pública Eçeições 2022, da TVC (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução ROBERTO Cláudio no programa Cena Pública Eçeições 2022, da TVC

.

Candidato do PDT ao Governo do Ceará, o ex-prefeito Roberto Cláudio voltou a afirmar nesta terça-feira, 30, que existia um acordo entre os quatro pré-candidatos do partido de apoio a qualquer nome que fosse escolhido dentro da dinâmica interna da sigla. Desta vez, no entanto, o pedetista foi mais direto e afirmou que a governadora Izolda Cela (sem partido) "não seguiu" o combinado ao anunciar, após a escolha, desfiliação do PDT.

"Se havia uma tese de direito natural à reeleição, por que é que foi criada uma dinâmica de quatro candidatos em outubro, e ela foi pactuada por nós quatro? Também houve uma pactuação, e isso continua até junho, que, independente de quem fosse candidato, os outros três apoiariam?", disse RC, em entrevista à TV Ceará.

"No critério da pesquisa e no critério do Diretório, eu ganhei. E, infelizmente, a governadora não seguiu o acordo e o compromisso que foi estabelecido. Eu respeito, repito, porque respeito a história dela, a gente está vivendo uma situação diferente, o nosso próprio partido que permitiu isso, uma mudança de ares e perspectiva para ocupação de espaço pela mulher", afirma.

Desde o início deste ano, Roberto Cláudio e Izolda disputaram, internamente, o posto de candidatura do PDT no Ceará. A questão ficou mais polarizada a partir de abril, quando o ex-governador Camilo Santana (PT) renunciou ao cargo e, a partir daí, começou a articular mais abertamente junto a partidos aliados em prol da candidatura da ex-governadora.

A disputa, no entanto, acabou sendo levada ao Diretório Estadual do PDT, que optou pela candidatura do ex-prefeito em disputa acirrada, marcada por críticas e acusações de ambos os lados. Depois do processo, a governadora disse ter tido o direito à reeleição "negado" e anunciou saída do partido. Logo depois, diversos partidos romperam com o PDT e lançaram a candidatura de Elmano Freitas (PT) ao Governo do Estado.

"Democracia"

O candidato do PDT ao Governo do Ceará, ex-prefeito Roberto Cláudio, disse nesta terça-feira, 30, que considera positivo o fato de tanto petistas quanto pedetistas terem lançado candidaturas a governador na eleição deste ano no Estado. Segundo ele, a questão é "boa para a democracia" e fortalece o debate para a disputa.

A fala foi feita durante entrevista do pedetista à TV Ceará, no momento em que RC comentava a ruptura entre o seu bloco e o do ex-governador Camilo Santana (PT). "O Camilo fez uma escolha, mas, na decisão partidária (do PDT), essa escolha não prosperou, e infelizmente ocorreu, a partir daí, a decisão do PT de lançar candidatura própria", diz.

"E isso é bom para a democracia cearense, pouco importa ao povo essa futrica, fofoca. A gente tem que ver como o povo pode tirar proveito do debate amplo, entre três candidaturas que representam visões distintas sobre problemas diferentes. Ver quem tem histórico, compromisso, como diz que vai criar renda, melhorar a segurança, quem vai interiorizar a saúde. É isso que interessa ao povo, o resto é briga e não quero ficar no meio".

Neste sentido, RC nega ser o candidato do "continuísmo pelo continuísmo", característica que ele atribui a Elmano Freitas (PT). "Essa candidatura se ocupa mais de falar do presente, de defender o governo atual. Eu quero garantir as conquistas, mas ver onde é que podemos melhorar", afirma.

O ex-prefeito também se contrapõe a Capitão Wagner (UB), que seria, segundo ele, o candidato da "negação radical" ao projeto atualmente em andamento no Ceará. "É uma candidatura que não reconhece os avanços, que não vê nada de bom", afirma.

Senador Cid Gomes(Foto: ANDRÉ SALGADO)
Foto: ANDRÉ SALGADO Senador Cid Gomes

Cid licenciado

O senador Cid Gomes (PDT) formalizou pedido de licença particular do Senado Federal que irá começar na próxima segunda-feira, 5. Durante o período de 121 dias, assumirá a vaga o 2º suplente da chapa, o empresário Júlio Ventura (PDT).

 

Foto do Carlos Mazza

Política é imprevisível, mas um texto sobre política que conta o que você precisa saber, não. Então, Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?