O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Única candidatura que mantém tendência de crescimento entre as três principais coligações que disputam pelo Governo do Ceará, Elmano Freitas (PT) mostrou que ainda tem fôlego e margem para crescer na terceira rodada da pesquisa Ipespe do Ceará, divulgada nesta terça-feira, 13, pelo O POVO.
Ainda que dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais, o petista cresceu três pontos entre o final de agosto e 11 de setembro, indo de 20% das intenções de voto para 23%. Como na pesquisa anterior, ele foi o único com a tendência positiva, com Capitão Wagner (UB) oscilando de 37% para 36% e Roberto Cláudio (PDT) de 25% para 22%.
Uma dúvida recorrente, no entanto, volta a pairar sobre o petista: teria Elmano atingido seu “teto” na disputa, ou há ainda espaço para que ele continue crescendo? Desde o início da corrida, o crescimento do candidato sempre foi o mais previsível – tanto pelo pouco conhecimento dele entre a população, quanto pela própria força eleitoral de seus padrinhos Lula (PT) e Camilo Santana (PT), principais “trunfos” da campanha petista.
Para aliados de Elmano, há vários indícios de que o crescimento é “sustentável”. Um deles, por exemplo, seria o ainda baixo percentual de eleitores que o associam com o presidente Lula. Enquanto eleitores de Jair Bolsonaro (PL) praticamente só votam em Capitão Wagner, eleitores do presidenciável petista seguem se dividindo entre os três candidatos. Outro ponto destacado é o que, entre eles, Elmano ainda é o menos conhecido.
Para aliados de Wagner e RC, no entanto, os indícios vão no sentido contrário. Neste sentido, eles destacam análise qualitativa de que o “trunfo” de Elmano já estaria se esgotando. Isso estaria registrado, destacam, nos sucessivos aumentos na rejeição do candidato do PT nas últimas pesquisas.
No frigir dos ovos, todos os argumentos fazem certo sentido, com cada candidato “puxando a brasa para a própria sardinha”. A pergunta, no entanto, incomoda no final das contas mais a Roberto Cláudio, que vem em queda nos últimos levantamentos. Único candidato que cresce (e de forma sucessiva), Elmano tem bem mais a comemorar. Com pouco mais de duas semanas até a eleição, só o ritmo dos acontecimentos – a cada dia mais intenso e acirrado – dará uma resposta definitiva para a questão. Em 2 de outubro saberemos o resultado.
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