Antes da definição de quem seria seu candidato a governador, o PDT do Ceará se dividiu em racha interno que separou grupo do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que defendia indicação de Roberto Cláudio (PDT) para a posição, de pedetistas mais próximos do ex-governador Camilo Santana (PT), que apoiava Izolda Cela (sem partido) na disputa.

No resultado da eleição deste ano, o que se observa é que “camilistas” acabaram se saindo melhor que “ciristas” na disputa, com dois dos candidatos mais próximos do ex-governador saindo das urnas justamente como os mais votados pelo partido no Estado.

Na disputa para deputado federal, o pedetista mais votado foi Idilvan Alencar (PDT). Ex-secretário da Educação no governo Cid Gomes (PDT), o parlamentar era talvez o mais fervoroso defensor de que Izolda tivesse sido a candidata do partido. Durante a campanha, foi um dos únicos pedetistas a declarar declaração aberta de voto da gestora.

Durante a campanha, Idilvan chegou inclusive a entrar em embates com aliados da candidatura de Roberto Cláudio que criticaram Izolda, inclusive o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista (PSB). Ex-secretário da Educação que sempre teve proximidade com a vice-governadora na área, ele acabou recebendo 187,4 mil votos.

Fenômeno semelhante também ocorreu na disputa por vagas na Assembleia Legislativa. Um dos quatro pré-candidatos do partido junto com Izolda e RC, o deputado Evandro Leitão (PDT) chegou a fazer críticas ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e até a retirar o próprio nome da disputa interna da sigla em prol da governadora.

Na eleição, acabou como pedetista mais votado, com 113,8 mil votos, sendo o 2º mais votado no geral. Na festa da vitória de Elmano Freitas (PT) e Camilo Santana (PT) realizada no último domingo, 4, Evandro era um dos participantes mais eufóricos.

Enquanto isso, alguns ciristas históricos do Ceará, como o deputado federal Leônidas Cristino (PDT), acabaram sem mandato.