O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
.
Agendada para 1º dezembro deste ano, a sucessão de Antônio Henrique (PDT) na presidência da Câmara Municipal de Fortaleza já começou a animar os bastidores do Legislativo municipal. Apesar de a maioria dos possíveis candidatos a vagas na Mesa Diretora ainda evitarem o assunto publicamente, a disputa já começa a se "afunilar" entre duas principais candidaturas: a de Gardel Rolim (PDT) e de Léo Couto (PSB).
Atual líder do governo José Sarto (PDT), Gardel seria o candidato mais ligado diretamente ao prefeito. Já Couto, embora vice-líder do governo, é visto como nome de preferência do ex-governador Camilo Santana (PT) e do governador eleito Elmano de Freitas (PT). Com a vitória dos petistas no 1º turno da disputa estadual, a possibilidade de composição ou até racha entre "sartistas" e "camilistas" vem sendo ventilada por vereadores.
Apesar de figurar cada vez mais em conversas nos corredores do Legislativo, o assunto ainda é oficialmente descartado entre os vereadores. Uma das causas citadas é a própria indefinição da eleição presidencial, que pode minimizar ou "aditivar" ainda mais o passe de padrinhos petistas. Além disso, pesa também na questão a falta de definição sobre qual será o papel do PDT no futuro governo Elmano de Freitas.
Com 13 deputados estaduais eleitos, o PDT pode sofrer uma série de baixas caso a direção do partido resolva declarar oposição ao petista. Vale lembrar que, durante a eleição, PT e PDT protagonizaram dura disputa, com Roberto Cláudio acusando petistas de usarem a máquina do Governo do Estado em benefício da candidatura do partido. Sigla de Couto, o PSB é um dos ninhos mais cotados para pedetistas pró-Elmano.
Em conversa com a coluna, diversos vereadores afirmaram que a disputa está hoje mais para Gardel Rolim ou Léo Couto, apesar de outros nomes, como Professor Enilson (Cidadania) e Adail Júnior (PDT) também estarem no páreo. Apesar disso, tanto Rolim quanto Couto evitam o assunto. Questionado se é candidato para a disputa, o pedetista destacou que o assunto corre ainda apenas em "conversas muito superficiais".
Neste sentido, ele destaca estar "muito focado" na liderança do governo, com uma série de matérias de interesse de Sarto em tramitação na Casa. "Minha prioridade no momento é trabalhar pra entregar a cidade essas leis antes do recesso", diz. Ele ainda destaca o tempo até a eleição, de mais de 40 dias. "Isso é uma eternidade na política", brinca.
Léo Couto também faz fala no mesmo sentido, apesar de reconhecer que vem sendo lembrado pelos colegas. "Pelo posicionamento que eu tomei seguindo o Camilo e Elmano, é normal que ventilem meu nome", diz, em referência à postura pró-Elmano que adotou durante a eleição estadual. "Agora, lhe confesso que agora estou muito focado na eleição do Lula (PT)", afirma, destacando ainda que a questão deve "passar pelo prefeito Sarto".
O grupo de oposição de centro-direita e direita da Câmara, que reúne tanto aliados de Capitão Wagner (UB) quanto de Jair Bolsonaro (PL), já fechou posição e deve votar unido na disputa da Mesa Diretora. Segundo o líder do bloco, Márcio Martins (Pros), o grupo ainda não tem candidato certo para a presidência, mas deve votar junto e pleitear espaço na Mesa.
Estão na articulação, além de Martins, Carmelo Neto (PL), Inspetor Alberto (PL), Priscila Costa (PL), Ronaldo Martins (Republicanos), Danilo Lopes (Avante), Julierme Sena (UB) e Sargento Reginauro (UB). Vereadores que foram eleitos para vagas de deputado na eleição deste ano participarão da eleição, uma vez que a posse só ocorrerá no próximo ano.
Política é imprevisível, mas um texto sobre política que conta o que você precisa saber, não. Então, Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.