O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Polarizada hoje entre candidaturas de Gardel Rolim (PDT) e Léo Couto (PSB), a disputa da sucessão da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Fortaleza ganhará novo elemento nos próximos dias, com participação mais ativa do senador eleito Camilo Santana (PT) no pleito.
Atualmente, a Câmara está dividida entre apoiadores de Gardel, que é ligado ao grupo do prefeito José Sarto (PDT), e Couto, que tem apoio de Camilo e do governador eleito Elmano de Freitas (PT). Até agora, aliados do pedetista contabilizam pouco mais de vinte votos na disputa, enquanto o candidato camilista já conta com cerca de dez apoios.
O grupo que tenta viabilizar Léo Couto, no entanto, aposta que a entrada de Camilo nas negociações, com articulação mais direta do petista, pode elevar para até 15 o número de votos da candidatura. Com isso, o vereador precisaria negociar apenas com o grupo da oposição, que deve votar unido e reúne hoje pelo menos oito vereadores.
Segundo parlamentares ouvidos pela coluna, interlocutores de Camilo já estão convidando “indecisos” para o diálogo. Com a vitória de Elmano e a provável reeleição de Evandro Leitão (PDT) na Assembleia Legislativa, a Câmara Municipal e a Prefeitura de Fortaleza são as únicas das principais máquinas públicas do Estado que não estão alinhadas com o grupo de Camilo.
Uma vitória de Léo Couto na disputa, portanto, é vista como novo “episódio” no rompimento entre PT e PDT no Ceará e estratégica para o grupo do petista. A última vez que ocorreu disputa direta pela presidência da Câmara Municipal foi em 2013, quando foi eleito Walter Cavalcante (MDB). De lá para cá, eleições da Casa foram todas consensuais.
O apoio de Sarto, no entanto, já garantiu "largada" melhor para Gardel na disputa. Na tarde desta segunda-feira, 7, o vereador recebeu o apoio público de oito colegas de siglas menores, em grupo comandado pelo vereador Wellington Sabóia (PMB) e que inclui principalmente parlamentares que possuem boa relação com a gestão municipal.
Por outro lado, aliados de Couto apostam que a atuação de Camilo pode mudar o quadro, com a oposição tendo altas chances de conferir “voto de Minerva” na disputa. Em entrevista à coluna, o líder da oposição na Casa, Márcio Martins (Pros), destaca que o grupo se reuniu nesta terça-feira, 8, e reforçou o compromisso de votarem em bloco na eleição da Mesa.
O voto dos oposicionistas, no entanto, segue em aberto e dependerá de conversas com ambos os candidatos, marcadas para a manhã desta quarta-feira, 9. O grupo inclui Carmelo Neto (PL), Inspetor Alberto (PL), Priscila Costa (PL), Sargento Reginauro (UB), Danilo Lopes (Podemos), Ronaldo Martins (Republicanos) e Julierme Sena (UB).
A oposição tenta atrair um nono elemento, em diálogo com Jorge Pinheiro (PSDB), para o bloco. Os dois vereadores da bancada do Psol, Gabriel Aguiar e Nossa Cara, também deverão se reunir nesta quarta-feira para avançar nas negociações para a disputa.
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