O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Dias após três deputados do PDT assumirem secretarias da gestão Elmano de Freitas (PT), o presidente do partido no Ceará, André Figueiredo, destacou nesta quinta-feira, 5, que ainda não existe definição na sigla sobre a relação com o novo governo. "Não está fechada. Discutiremos o posicionamento sem açodamentos", destaca o deputado, que estará fora de Brasília em viagem até o dia 10 deste mês. Depois desta data, o PDT deverá concluir a discussão interna sobre a posição com o novo governo.
Desde a posse de Elmano, diversos parlamentares do partido têm se posicionado para defender uma aliança entre as siglas no Estado. "Acho que o PDT não deve se omitir, deve contribuir e acho que vai contribuir", disse o deputado Salmito Filho (PDT), novo secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Elmano.
A questão, no entanto, ainda passará por uma deliberação interna do partido. Nas últimas semanas, o prefeito José Sarto (PDT) tem tentado condicionar um possível apoio, no entanto, a uma reciprocidade de vereadores do PT na Câmara Municipal de Fortaleza.
Falando em André Figueiredo, o deputado cearense é hoje o nome mais cotado para assumir nacionalmente o comando do PDT caso o atual presidente da sigla, ministro Carlos Lupi (Previdência), mantenha planos de se licenciar da posição.
A indicação de Figueiredo estaria praticamente "selada" e foi confirmada à coluna por políticos próximos da cúpula do PDT. O próprio deputado classifica a questão como "muito provável", mas destaca, no entanto, que ainda conversará com Lupi a respeito.
Segundo pedetistas, a confirmação aguardaria apenas o retorno de Figueiredo de uma viagem realizada pelo deputado até o dia 10 deste mês. No retorno para Brasília, o parlamentar deverá se reunir com a cúpula pedetista para fechar a questão.
Vereadores da oposição a José Sarto (PDT) na Câmara Municipal de Fortaleza criticaram nesta quarta-feira, 4, parte das 13 mudanças feitas recentemente no secretariado da gestão. Entre as alterações nas pastas e órgãos municipais, eles acusam o pedetista de ter promovido uma série de indicações no sentido de "premiar" vereadores que se posicionaram a favor da Taxa do Lixo recentemente aprovada pelo Legislativo. Lideranças da base do governo na Casa, no entanto, rejeitam a relação das pautas.
Entre as mudanças anunciadas, a oposição destaca sobretudo as indicações de Renan Colares (PDT) para a Regional 6, Esio Feitosa (PSB) para a regional 9 e Wellington Sabóia (PMB) para o Programa de Defesa do Consumidor (Procon). "A gente já sabia que iria ocorrer. Nos bastidores falavam abertamente das negociações", destaca um parlamentar que votou contra a criação da nova cobrança.
Apesar de afirmar que a reforma em geral tem relação com a "corrida contra o tempo" de Sarto para tentar melhorar sua avaliação no município, a vereadora Larissa Gaspar (PT) também reforça - e critica - a relação entre as mudanças e a votação da nova taxa. "Sarto está beneficiando os vereadores que votaram favoráveis à matéria com órgãos na administração pública. Conduta nada republicana", afirma.
Até o ano passado líder de Sarto na Câmara Municipal, o agora presidente do Legislativo Gardel Rolim (PDT) discorda da tese de "fins políticos" para a reforma, afirmando que as alterações não possuem "relação nenhuma" com a votação da Taxa do Lixo. "O prefeito inclusive aguardou a montagem do secretariado do Elmano para fazer uma reforma administrativa", diz, em referência ao recente anúncio do secretariado do Abolição.
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