O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Apesar de o PDT ainda não ter fechado oficialmente a posição do partido sobre a relação que terá com Elmano de Freitas (PT), o novo governo já contabiliza como "base aliada" pelo menos 10 dos 13 pedetistas eleitos para a Assembleia Legislativa em 2022. Entre o grupo, estariam parlamentares que não deverão fazer oposição direta ao petista ainda que prevaleça a tese oposicionista hoje defendida pelo ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT).
O grupo pró-Elmano dentro da bancada pedetista é hoje liderado principalmente pelo atual presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT). Candidato de consenso para seguir no comando do Legislativo, Leitão participou da articulação que levou à indicação de deputados estaduais para o secretariado de Elmano, incluindo dois parlamentares do PDT - Salmito Filho (Desenvolvimento Econômico) e Oriel Nunes Filho (Pesca e Aquicultura).
Entre os 13 pedetistas eleitos no ano passado, apenas Cláudio Pinho, Antônio Henrique e Queiroz Filho não são contabilizados como prováveis aliados - todos eles nomes próximos de Roberto Cláudio, candidato derrotado ao Governo do Ceará pelo PDT, e do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT).
Apesar de já prever que parte da sigla mais ligada a RC ficará na oposição, Elmano tem sinalizado, no entanto, ter expectativa de contar com a maioria da bancada pedetista na Assembleia. "O PDT é um partido que tem um setor importante que vai apoiar o nosso governo, e vai continuar a ter um setor e lideranças importantes do PDT que não vão apoiar o nosso governo. O tamanho de cada um, o processo é que vai definir", disse o governador, em visita à sede do Grupo O POVO de Comunicação na última sexta-feira.
Ainda sem posição oficial definida com relação ao novo governo, o PDT do Ceará é importante sobretudo no contexto do Legislativo - onde a sigla elegeu 13 dos 46 deputados estaduais do Estado. Mesmo após Elmano indicar três secretários pedetistas, o presidente local da sigla, deputado André Figueiredo, tem destacado que a relação segue sem acordo.
"Não está fechada. Discutiremos o posicionamento sem açodamentos", diz Figueiredo. Atualmente, pedetistas se dividem entre duas posturas, sendo um grupo defensor da aliança com Elmano - liderado principalmente pelo atual presidente da Assembleia, Evandro Leitão, e pelos secretários Salmito Filho, Oriel Nunes Filho e Robério Monteiro.
Já outro grupo, próximo de Roberto Cláudio e Ciro Gomes (PDT), defende postura de oposição. "O que percebo é que, na Assembleia, nos parlamentares estaduais que nos dão, digamos assim, a estabilidade política no Legislativo, creio que nós vamos formar uma maioria inclusive na bancada do PDT. É o que percebo se constituindo", avalia Elmano.
"Acho que vai ter algum deputado, que nós sabemos até que são mais alinhados com a liderança do Roberto Cláudio, e que podem ter uma postura que não é de alinhamento ao governo. E terei respeito por isso, como terei respeito por qualquer um que quiser fazer oposição. Mas penso que a bancada do PDT, em sua maioria, estará apoiando", conclui.
O debate sobre as isenções da Taxa do Lixo segue ocorrendo na Câmara Municipal de Fortaleza. Passada a fase da oposição em tentar obstruir a votação, parlamentares do grupo tentam agora "amenizar" a cobrança por meio de diversas emendas apresentadas ao texto do prefeito José Sarto (PDT). Uma das emendas mais "inusitadas", digamos assim, é uma do vereador Julierme Sena (UB) que prevê a isenção da cobrança para residências de policiais civis e militares. Outra, assinada por vários vereadores, tenta isentar igrejas e templos religiosos.
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