O líder do governo José Sarto (PDT) na Câmara Municipal, Carlos Mesquita (PDT), defendeu nesta terça-feira, 7, ação da Guarda Municipal em festa de pré-carnaval do último sábado na Praça dos Leões. A ação, que contou com uso de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, terminou em confusão e correria na multidão.

A fala de Mesquita ocorreu logo após pronunciamento da co-vereadora Adriana Gerônimo, da mandata coletiva Nossa Cara (Psol), criticar o uso de violência na dispersão da festa. “Coincidentemente, eu estava lá. Vinha de uma evento no Álvaro Weyne, aí passei, vi a festa ali e parei. E a história não muito bem como estão contando não”, diz Mesquita.

“O que a Guarda Municipal fez foi defender o patrimônio público e algumas pessoas que, inocentemente, estavam lá e aí uma meia dúzia de gente quis, logicamente acho que alterados, tinham bebido, alguma outra coisa a mais, enfim, estavam querendo tumultuar, acabar com o evento. Então o que a guarda fez foi defender o patrimônio e as pessoas”.

O vereador ainda “parabenizou” o uso de balas de borracha e bombas de gás pela Guarda, afirmando que a situação poderia ter terminado até em mortes se os agentes não tivessem agido. “Também acho interessante é que, em um pré-carnaval desses, já de um mês praticamente, o único evento que se ouviu falar de alguma confusãozinha foi esse aí”, diz.

A dispersão da festa de carnaval na Praça dos Leões teve forte repercussão negativa nas redes sociais. Contestando a versão do líder do governo, foliões que conversaram com O POVO afirmaram que a festa ocorria em clima de "tranquilidade" quando, em horário próximo da meia-noite, teve início a ação da Guarda Municipal.

Adriana Gerônimo também questionou o disparo de uma granada de gás na área interna de um bar da Praça. “Foi gás em um ambiente fechado, todos nós sabemos que isso é muito perigoso, que poderia até ter terminado em óbito”, disse. Nas redes sociais, circularam diversos vídeos mostrando confusão e correria no momento da ação.

Em nota, a Guarda Municipal de Fortaleza informa que foi acionada, por meio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), "após o local ter registrado grande concentração de pessoas, que ocupavam as vias de maneira desordenada e impediam o deslocamento pela área". A GMF disse ainda que "atuou no auxílio da desobstrução das ruas do entorno, de modo a facilitar o tráfego no local".