
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL pode ter uma “fuga em massa” de prefeitos que não ficaram satisfeitos com postura de oposição do comando da sigla na eleição do ano passado no Ceará. A questão ainda será debatida, mas o provável destino dos gestores seria alguma das legendas que apoiam o governo de Elmano de Freitas (PT) no Estado.
O impasse ocorre pois, na época da última eleição municipal de 2020, o PL integrava a base aliada de Camilo Santana (PT), com diversos políticos cearenses migrando para o partido a pedido de Cid Gomes (PDT). A guinada rumo à oposição só foi acontecer em novembro de 2021, quando Bolsonaro e seus aliados migraram para o partido.
O prefeito de Baturité, Herberlh Mota (sem partido), é um dos que já se afastou da sigla após a chegada do ex-presidente. “Fui eleito pelo PL, estava na verdade lá por uma indicação do senador Cid. Com a chegada do antigo governo, já nos afastamos dessas questões políticas. Estamos sob a liderança do Elmano, é um grande amigo nosso”, diz.
Já a prefeita de Beberibe, Michele Queiroz (PL), segue no partido, mas destaca que apoiou Elmano em 2022 e que defenderá uma aliança com o governo. “Ainda vamos ter essas conversas, sobre posição com o novo Governo do Estado, no Governo Federal. E aí assim vamos ver qual vai ser o caminho que vamos tomar, junto com outros colegas”, diz.
Atualmente, o PL é comandado no Ceará pelo prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), que apoiou Capitão Wagner (PL) para governador e Jair Bolsonaro para presidente no ano passado. Apesar disso, o filho dele, o prefeito de Aquiraz Bruno Gonçalves (PL), tem sinalizado uma reaproximação maior com a gestão Elmano.
Nesta sexta-feira, Bruno participou de evento comandado com o governador no Palácio da Abolição que assinou novas atas de adesão ao programa Garantia Safra. “O Elmano está acostumando mal os prefeitos, porque tem feito muito pelos prefeitos nesse início de mandato, é uma coisa atrás da outra”, brincou, deixando claro que o racha de 2022 seria, por ele, "águas passadas".
“Tivemos essa questão só partidária de oposição (na eleição), mas a gente gosta de conversar, gosta de trabalhar, principalmente para as pessoas mais carentes, e para isso a gente precisa estar alinhado”, afirma ainda o prefeito.
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