
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O ex-vice-reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), professor Custódio Almeida, obteve nesta quarta-feira, 27, liderança folgada na consulta realizada à comunidade acadêmica da UFC. A consulta é a primeira etapa no processo de escolha do próximo reitor da instituição e ocorreu entre a manhã desta terça-feira, 25, e às 21h desta quarta-feira.
Professor do Instituto de Cultura e Arte (ICA), Custódio está na disputa com Elizabeth Daher, pró-reitora de Extensão da UFC e professora da Faculdade de Medicina. Ele acabou vitorioso entre as três categorias votantes – professores, técnicos administrativos e estudantes.
Categoria com maior peso na votação, docentes da UFC deram vitória a Custódio com 1485 votos, contra 329 de Elizabeth, 23 brancos e 21 nulos. Já servidores deram 1.729 votos a Custódio, 278 para Elizabeth, 14 brancos e 19 nulos. A maior disparidade ocorreu entre estudantes, com 14.262 votos para Custódio, 1.606 para Elizabeth, 229 brancos e 293 nulos.
Na última disputa do tipo, em 2019, Custódio foi o mais votado nos três segmentos - professores, servidores técnicos-administrativos e estudantes -, somando 7.772 votos. O então presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, preferiu escolher Cândido Albuquerque, que tinha ficado na terceira posição, com 610 votos. Para Custódio, a divergência entre consulta e escolha estaria no cerne de tensões hoje existentes na UFC e foram principal mote da campanha.
A consulta pública é apenas a primeira etapa do processo para a definição do novo reitor. Com base no resultado da votação, o Conselho Universitário (Consuni) da UFC irá se reunir e formalizar uma lista com os nomes mais votados. Esta lista tríplice, por sua vez, será enviada à Presidência da República, para a escolha final.
Tradicionalmente, há um "acordo de cavalheiros" entre os participantes da consulta, com o 2º e o 3º colocados retirando de própria iniciativa seus nomes da lista do Consuni, o que deixa "caminho livre" para o mais votado ser indicado pelo presidente da República. A tradição, no entanto, não é regra e não foi seguida, por exemplo, na disputa de 2019.
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