O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Vencedor por ampla margem nesta quarta-feira, 26, na consulta à comunidade acadêmica da Universidade Federal do Ceará (UFC) para reitor, o professor Custódio Almeida comemorou ter recebido 83,11% de todos os votos válidos na votação interna que iniciou o processo de definição do próximo administrador da instituição.
“O entendimento é que a votação fala por si mesma. A votação diz que mais de 80% dos estudantes, mais de 80% dos técnicos, mais de 80% dos professores, todos querem a UFC que a gente está vislumbrando para o futuro próximo, uma UFC viva e democrática”, diz Custódio, professor do Instituto de Cultura e Arte (ICA) da UFC.
Ele disputa a vaga com Elizabeth Daher, professora da Faculdade de Medicina. “São quase 10 mil votos a mais que 2019, significa que a comunidade universitária não só confirmou o que já tinha decidido em 2019, como de fato quer que a sociedade entenda que a UFC é capaz de gerir o seu próprio destino, que a UFC é capaz de ser autônoma”, continua.
Ao todo, Custódio obteve 17.476 votos na consulta, em apuração encerrada às 21h30 desta quarta-feira. A candidata a vice-reitora de Custódio é Diana Azevedo, do Centro de Tecnologia (CT). A votação mede a preferência da comunidade acadêmica (professores, servidores e alunos) sobre o candidato para ocupar o cargo de reitor pelos próximos quatro anos. A chapa "Unir para Avançar" recebeu 2.213 votos.
A consulta pública é apenas a primeira etapa do processo para a definição do novo reitor. Com base no resultado da votação, o Conselho Universitário (Consuni) da UFC irá se reunir e formalizar uma lista com os nomes mais votados. Esta lista tríplice, por sua vez, será enviada à Presidência da República, para a escolha final.
Tradicionalmente, há um "acordo de cavalheiros" entre os participantes da consulta, com o 2º e o 3º colocados retirando de própria iniciativa seus nomes da lista do Consuni, o que deixa "caminho livre" para o mais votado ser indicado pelo presidente da República. A tradição, no entanto, não é regra e não foi seguida, por exemplo, na disputa de 2019.
“A expectativa agora é muito clara: o Consuni vai confirmar a vitória das urnas e colocar o mais votado na lista, sem dúvida, porque o Consuni também entendeu, e da outra vez não foi diferente, que respeitar a vontade universitária é cumprir o seu papel”, diz Custódio, apesar de destacar atual quadro de “desfalque” entre o quadro de votantes do conselho.
“Apesar do Consuni estar completamente desfalcado, porque estão faltando 12 ou 13 votos para a composição completa, só de estudantes são 8, a expectativa ainda é muito clara”, diz.
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