O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Atual presidente nacional e estadual do PDT, o deputado André Figueiredo reforçou nesta terça-feira, 4, que reunião convocada para a próxima sexta-feira, 7, por aliados de Cid Gomes (PDT) no partido é irregular e poderá trazer “consequências” para pedetistas que integrarem manifestações que foram “proibidas” pela executiva nacional do partido.
“Já seria irregular antes mesmo da reunião da Executiva Nacional, uma vez que não há nenhuma previsão estatutária para se convocar Diretório para destituir uma executiva que tem mandato até 31 de dezembro, conforme está no próprio registro na Justiça Eleitoral”, disse o deputado nesta terça-feira, 4, em entrevista à coluna.
André Figueiredo destaca ainda que a convocação apresentada por cidistas inclui ainda uma série de assinaturas irregulares. “Estão ali algumas assinaturas de gente que não está mais filiada ao partido e outras, como o caso da prefeita Gislaine (de Brejo Santo), que não é membro do diretório, só da executiva ampliada”, continua.
As declarações ocorrem em meio a impasse na disputa entre Figueiredo e Cid pela direção do PDT no Ceará. Na semana passada, aliados do senador convocaram reunião para a sexta-feira, 7, para destituir o atual comando local da sigla. A executiva nacional do partido, no entanto, se “antecipou” e realizou outra reunião sobre o tema já nesta segunda-feira, 3.
O resultado do encontro, no entanto, acabou virando novo ponto de divergência entre Figueiredo e Cid. De um lado, o deputado afirma que a executiva decidiu passar os poderes do diretório cearense para a direção nacional, em uma espécie de “intervenção” no PDT local. Cid, por sua vez, nega qualquer menção neste sentido e diz que não existe previsão no estatuto do PDT para que a nacional "dissolva" a estadual e concentre o caso.
Em entrevista à coluna, Figueiredo reforçou a interpretação de intervenção na convocação cearense. “Ontem houve uma decisão da executiva nacional do partido avocando (a questão) para si, e aí vem uma questão de interpretação jurídica. A avocação, na política, pode ser fática, não precisa ser processual. É fático, e é claro que eles estão literalmente conturbando a vida interna do partido”, destaca o deputado.
“Evidentemente que, se fizerem essa reunião, se tiver quórum e eles tomarem decisões que estão proibidas pela decisão de ontem da direção nacional, eles terão consequências, sem dúvida alguma. Agora, sempre buscaremos a paz. Não sendo possível, nós estaremos atingindo todas as esferas em termo de estatuto, de instâncias partidárias”, conclui.
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