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Cid diz que enviou "dez recados" a RC, mas que não teve resposta
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Cid diz que enviou "dez recados" a RC, mas que não teve resposta

"Ninguém acerta o futuro se a gente não compreender o passado", disse o senador, lamentando silêncio do ex-prefeito
CID afirma que tentou entendimento com Roberto Cláudio (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS CID afirma que tentou entendimento com Roberto Cláudio

Recém-empossado como presidente interino do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes disse nesta segunda-feira, 17, que fez diversas tentativas de reatar o diálogo com o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), afastado do senador desde o processo eleitoral do ano passado. Cid destaca, no entanto, que a iniciativa não teve reciprocidade do ex-prefeito.

“No dia seguinte à eleição, eu mandei dez recados para o Roberto Cláudio. Nove não tiveram nem coragem de voltar para mim e dizer o que estavam ouvindo. Um só disse, e disse que ele não queria conversar comigo, só no futuro, quem sabe, e sobre o futuro apenas, jamais sobre o passado”, diz. Cid, no entanto, diz lamentar a decisão de RC.

“Ninguém acerta o futuro se a gente não compreender o passado. A gente, se não tiver entendimento sobre o passado, jamais vai ter entendimento no futuro. Ou a gente revira e acerta o passado, compreende-se o passado, justifica-se eu para ele e ele para mim, ou a gente não vai ter nunca convergência no futuro”, afirma.

“Vai ficar sempre aquele fantasma, aquele esqueleto lá, vai ser sempre alegado ‘ah, mas lá atras, não sei o que’, a visão de uns é que eu traí, a visão de outros é que passaram desrespeitosamente por cima do meu encaminhamento, que tava sendo na direção de manter a aliança com o PT. Então sempre vai ter uma versão diferente”, continua.

Neste sentido, Cid Gomes reforça ainda ter interesse em reatar o diálogo com Roberto Cláudio, afirmando também que não criará qualquer obstáculo para o grupo comandado pelo ex-prefeito – com três deputados estaduais do partido – que atualmente defende postura de oposição ao governo Elmano de Freitas (PT).

“Não estou mais atrás disso. Se quiser manter uma dissidência dentro do PDT, por mim não tem problema, isso é respeitável. Agora, não venha querer me fazer de besta. Estou cumprindo um trabalho que eu sempre defendi, não tem nenhuma novidade. Veja nos últimos 20 anos o que eu defendi, novidade no partido é a dissidência” afirma.

“Se fosse uma novidade exitosa eu teria me recolhido, tinha dito 'pronto' e ido cuidar da minha vida. Mas como fez mal ao partido, e as pessoas estão me procurando para que eu consiga ajudá-las, eu estou aqui me dispondo a cumprir esse papel e ajudar as pessoas do PDT que embarcaram em uma canoa furada”, conclui.

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