O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Carlos Mazza
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Empossado há pouco mais de um mês no comando do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes (PDT) comandará nesta sexta-feira, 24, às 17h, a primeira reunião do diretório estadual do partido após sua posse como presidente em exercício da sigla. O encontro busca consolidar "raio X" da legenda para as eleições municipais de 2024.
Ainda em julho, Cid iniciou uma rotina de encontros de olho em avaliar palanques do PDT por todo o Ceará. A iniciativa buscava levantar inclusive informações burocráticas da sigla nos municípios: quantos são gerenciados por pedetistas, em quantos a sigla tem condição de ter candidatura e como estão os prazos legais dos diretórios municipais.
O encontro acontece em meio a uma possível "revoada" de prefeitos do PDT e de outros partidos de olho em siglas mais próximas do governo Elmano de Freitas (PT), como o Republicanos, o PSB e o próprio PT. A preço de hoje, a expectativa é que pelo menos seis prefeitos eleitos pelo PDT em 2020 também deixem o partido de olho em 2024.
Parte das migrações ocorre em decorrência da posse do pai do ministro Camilo Santana (PT), o ex-deputado Eudoro Santana, como presidente do PSB no Ceará. Marcada para ser oficializada amanhã, 26, a mudança acabou transformando o partido em um "porto seguro" para políticos que desejam seguir linha de aproximação com o PT.
Alguns dos prefeitos cotados para se filiarem na sigla incluem desde o prefeito de Caucaia, Vitor Valim (sem partido), aos prefeitos de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PDT), e de Maranguape, Átila Câmara (Solidariedade).
A possível "revoada" de prefeitos para fora do PDT foi inclusive um dos fatores que levaram diversos pedetistas a pressionarem Cid Gomes para que o senador assumisse o comando local da sigla no Ceará. A mudança, no entanto, só ocorreu após embate público entre Cid e o presidente licenciado do partido, o deputado André Figueiredo (PDT).
Segundo deputados ouvidos pela coluna, outro dos possíveis temas do encontro pode ser a votação de uma "carta de anuência" que autorizaria o presidente da Assembleia, Evandro Leitão (PDT), a deixar o PDT de olho na disputa do próximo ano em Fortaleza. A estratégia, no entanto, ainda é vista como "arriscada" e incerta por parte dos pedetistas.
"Eu soube que vão tentar votar essa carta. Mas acho isso arriscado, não boto fé nessas cartas não, porque, em partidos, quem manda é o diretório nacional, e de uma hora para a outra eles anulam as decisões dos diretórios estaduais. Então é perigoso isso", avalia um deputado do PDT próximo de Evandro Leitão no partido.
Apesar de não ser unânime, a carta de anuência estadual é uma das estratégias avaliadas por pedetistas como forma de "liberar" Leitão para se filiar em outro partido com vistas para a eleição de 2024. Atualmente, o parlamentar é cotado para se filiar principalmente no PT, e teria inclusive tratado do tema em jantar na noite desta quarta-feira, 23, com o ministro Camilo Santana (Educação) e com o governador Elmano de Freitas (PT) em Brasília.
A migração ocorreria pois, a preço do hoje, o PDT de Fortaleza é controlado pelo grupo político do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), que prega tese de oposição a Elmano e defende a candidatura de reeleição do prefeito José Sarto (PDT). Nesta posição, RC teria apoio também do presidente licenciado do partido no Ceará, André Figueiredo.
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