O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou na noite desta quinta-feira, 28, uma resolução que estabelece uma série de critérios e regras para a indicação de candidaturas do partido para as eleições municipais de 2024 em todo o Brasil.
Entre as regras definidas, está uma "data de corte" para petistas que irão participar de encontros municipais do partido, que ocorrem entre 6 de novembro e 15 de abril de 2024. Pela resolução, só participarão destes encontros – fundamentais para a definição de prévias e candidaturas da sigla – os petistas filiados até 8 de julho de 2023.
Ou seja, a resolução acabaria dificultando a vida do atual presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), caso o deputado decida se filiar ao PT. Pela regra fixada, o parlamentar até poderia se candidatar pelo partido, mas não poderia participar nem da votação que escolheria o seu nome nem de prévias internas da sigla.
Em uma sigla que valoriza a fidelidade partidária e a militância orgânica como o PT, a limitação acaba sendo potencial foco de constrangimento para uma candidatura petista de Evandro. Aliado próximo do ministro Camilo Santana (PT), o deputado briga na Justiça para validar carta de anuência autorizando sua desfiliação do PDT.
Nos bastidores, a questão foi recebida de forma mista entre petistas cearenses, com alguns avaliando a limitação como mais uma “barreira” para candidaturas de forças externas ao partido. Outros petistas, no entanto, destacam que a decisão é "irrelevante" para a disputa de tática eleitoral do partido. "Lembremos que ainda há muitas pendências”, diz.
Atualmente, o PT Ceará tem três pré-candidatos disputando a posição: A deputada federal Luizianne Lins (PT) e os deputados estaduais Larissa Gaspar (PT) e Guilherme Sampaio (PT). Evandro, no entanto, tem sido cada vez mais "cortejado" por petistas para migrar para o partido de olho na disputa.
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