O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Presença ilustre na convenção estadual do PSDB Ceará desta segunda-feira, 30, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez discurso com tons de “declaração de guerra” contra o governo Elmano de Freitas (PT) e seus aliados no Estado – grupo que inclui os próprios irmãos do pedetista, como o senador Cid Gomes (PDT), a deputada Lia Gomes (PDT) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT).
Desde o início do ano evitando declarações sobre a situação política do Ceará, Ciro quebrou o silêncio durante o evento e fez longa e duríssima fala contra atual gestão do Estado, criticando desde a situação da segurança pública até o desempenho da economia cearense. Fala ocorre dias após desentendimentos entre Ciro e Cid em reunião da Executiva Nacional do PDT, na última sexta-feira.
“O que é hoje da vida do povo das periferias de Fortaleza, de Caucaia, mas de todo o Interior, de Juazeiro, de Sobral, se não um ir e vir de terrorismo, de medo? Porque nossa estrutura comunitária está dominada pelo crime organizado, pelas facções, pelas milícias, pelo narcotráfico, pelo terrorismo. E isso não aconteceria se não fosse a omissão da política”, disse o ex-ministro.
"A razão primeira de eu estar feliz de estar aqui, recuperando os valores e o sentido superior da política, é que o nosso Estado do Ceará está sendo destruído daquele caminho que nós trilhamos. Está sendo destruído pela traição, pelo descompromisso, e eu dou os nomes aos bois", continua, ao lado do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB).
A fala também foi acompanhada por outros aliados de Ciro no PDT, como o prefeito José Sarto (PDT) e o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT). “Hoje no Ceará, que era famoso pela decência com que Tasso Jereissati, com que eu procurávamos governar, não se realiza uma obra pública sequer sem pagar propina, uma obra sequer, sem pagar propina para os donos do poder que estão aí”, disse.
Apesar do teor grave das acusações, Ciro nem foi específico, nem apresentou qualquer prova sobre as supostas irregularidades que estariam ocorrendo. "Quem quiser investigar, é fácil", se limitou a dizer.
"Para onde você olhe, os valores estão errados. Estão destruindo uma economia que nós planejamos a custo de muito sacrifício. Saiu levantamento mostrando que a indústria é a que mais fecha porta e bota gente para fora no Brasil (...) o que que houve? O que está acontecendo com as indústrias todas que vinham para o Ceará?", continua.
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