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André diz que grupo de Cid tenta "destruir" PDT com anuências: "Vamos judicializar todas"
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

André diz que grupo de Cid tenta "destruir" PDT com anuências: "Vamos judicializar todas"

Presidente em exercício do PDT Nacional diz que está mantida para às 18h de hoje reunião da Executiva Nacional para oficializar intervenção no Ceará
André Figueiredo.  (Foto: Paulo Sergio/AgÊNCIA Câmara)
Foto: Paulo Sergio/AgÊNCIA Câmara André Figueiredo.

Presidente em exercício do PDT Nacional, o deputado André Figueiredo (PDT) fez duras críticas à reunião do Diretório do PDT Ceará que aprovou nesta quarta-feira, 8, a concessão de cartas de anuência a aliados de Cid Gomes (PDT) no partido. Em entrevista à coluna, o deputado diz que o PDT deverá judicializar todas as cartas que forem apresentadas à Justiça e “alerta” deputados que "mandatos são do partido”.

“Tudo o que poderia acontecer de ilegalidade e desrespeito ao Diretório Nacional aconteceu hoje. Foi um gesto apenas simbólico, que só sacramenta as ações de um grupo que está tentando destruir o partido desde o ano passado, sequencialmente, diariamente, desde que não apoiou nosso candidato ao governo, tudo a serviço de uma maioria cooptada, fajuta”, disse.

"Fizeram essa reunião para criar factoide, dizer que o partido vai acabar", continua. Neste sentido, André destaca a existência de uma resolução da Executiva Nacional vetando a concessão deste tipo de anuência. Ele confirma que também está mantida para as 18h desta quarta-feira reunião do comando nacional da sigla que analisará processo da Comissão Nacional de Ética pedetista por uma intervenção no PDT Ceará.

"Mandato é do partido"

“Vamos tomar atitudes, vamos judicializar todas (as cartas de anuência), e temos que avisar alguns deputados que, no intuito de mostrar sua subserviência, podem ter esquecido que quem comete infidelidade pode ficar sem o mandato”, diz, destacando caso do deputado Marcelo Lima (PSB-SP), cassado nesta quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Instâncias partidárias existem para serem seguidas. Parece que isso não é entendido por alguns políticos, que para eles o partido é apenas um número. Nós teremos reunião da Executiva, não reconheceremos nenhuma carta de anuência. Só o senador Cid e os prefeitos eleitos podem pedir troca de partido, no caso dos proporcionais, o mandato é do partido”, afirma ainda Figueiredo, que esteve reunido nesta quarta com o ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Neste sentido, Figueiredo classifica como "inverídicas" falas de cidistas que se dizem vítima de perseguição pelo comando nacional do partido. "Onde é que houve perseguição? Pelo contrário, sempre tentamos compor. O próprio Evandro Leitão, que alegou não ter recebido do Fundo Eleitoral, sabe que ele recebeu porque não quis. Nós oferecemos a ele e temos como provar", continua.

"Nem todos os que pediram anuência sairão"

Apesar do embate, André avalia que nem todos os deputados que pediram cartas de anuência deverão deixar de fato o partido. "Claro que não é a maioria, mas creio que alguns companheiros pediram ali apenas para atender à pressão que estavam ali submetidos. Creio que alguns, pensando melhor, reverão esse pensamento, porque são companheiros de luta, de história no PDT", afirma. 

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