O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Presidente em exercício do PDT Nacional, o deputado André Figueiredo (PDT) fez duras críticas à reunião do Diretório do PDT Ceará que aprovou nesta quarta-feira, 8, a concessão de cartas de anuência a aliados de Cid Gomes (PDT) no partido. Em entrevista à coluna, o deputado diz que o PDT deverá judicializar todas as cartas que forem apresentadas à Justiça e “alerta” deputados que "mandatos são do partido”.
“Tudo o que poderia acontecer de ilegalidade e desrespeito ao Diretório Nacional aconteceu hoje. Foi um gesto apenas simbólico, que só sacramenta as ações de um grupo que está tentando destruir o partido desde o ano passado, sequencialmente, diariamente, desde que não apoiou nosso candidato ao governo, tudo a serviço de uma maioria cooptada, fajuta”, disse.
"Fizeram essa reunião para criar factoide, dizer que o partido vai acabar", continua. Neste sentido, André destaca a existência de uma resolução da Executiva Nacional vetando a concessão deste tipo de anuência. Ele confirma que também está mantida para as 18h desta quarta-feira reunião do comando nacional da sigla que analisará processo da Comissão Nacional de Ética pedetista por uma intervenção no PDT Ceará.
“Vamos tomar atitudes, vamos judicializar todas (as cartas de anuência), e temos que avisar alguns deputados que, no intuito de mostrar sua subserviência, podem ter esquecido que quem comete infidelidade pode ficar sem o mandato”, diz, destacando caso do deputado Marcelo Lima (PSB-SP), cassado nesta quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Instâncias partidárias existem para serem seguidas. Parece que isso não é entendido por alguns políticos, que para eles o partido é apenas um número. Nós teremos reunião da Executiva, não reconheceremos nenhuma carta de anuência. Só o senador Cid e os prefeitos eleitos podem pedir troca de partido, no caso dos proporcionais, o mandato é do partido”, afirma ainda Figueiredo, que esteve reunido nesta quarta com o ministro Fernando Haddad (Fazenda).
Neste sentido, Figueiredo classifica como "inverídicas" falas de cidistas que se dizem vítima de perseguição pelo comando nacional do partido. "Onde é que houve perseguição? Pelo contrário, sempre tentamos compor. O próprio Evandro Leitão, que alegou não ter recebido do Fundo Eleitoral, sabe que ele recebeu porque não quis. Nós oferecemos a ele e temos como provar", continua.
Apesar do embate, André avalia que nem todos os deputados que pediram cartas de anuência deverão deixar de fato o partido. "Claro que não é a maioria, mas creio que alguns companheiros pediram ali apenas para atender à pressão que estavam ali submetidos. Creio que alguns, pensando melhor, reverão esse pensamento, porque são companheiros de luta, de história no PDT", afirma.
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