O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Uma semana após afirmar que a Prefeitura de Fortaleza teria cortado “de propósito” gastos da gestão com oncologia, o líder do governo José Sarto (PDT) na Câmara Municipal, Carlos Mesquita (PDT), voltou atrás da própria tese no plenário do Legislativo.
Em três longos discursos no plenário da Casa, Mesquita destacou que a fala ocorreu em tom de “desabafo”, em meio a um embate com um vereador da oposição que acusava a Prefeitura de ter promovido cortes na área. Ele afirma, no entanto, que a redução no repasse nunca ocorreu, e que vídeos da fala teriam sido “tirados de contexto”.
“Quando eu falei, já de uma forma grosseira até, foi porque disseram três vezes aqui 'o Sarto cortou o dinheiro da oncologia'. E eu lá dizendo 'não, não cortou'. Repetiu de novo que cortou, aí eu liguei para o Galeno (secretário da Saúde), perguntei. Ele disse 'não teve corte', eu disse aqui. Mas voltou 'teve corte sim'. Aí, na terceira vez, perdi as estribeiras e disse 'é, cortou realmente, para o teu governo se mancar e mandar pagar'”, diz Mesquita.
“Aí algumas pessoas tentaram aproveitar desse momento para tentar me atingir. Ou talvez até me inviabilizar (...) pegaram só essa fala, editaram tudo, pegaram só essa fala para querer me crucificar, me responsabilizar”, afirma o vereador.
As falas ocorrem uma semana após Mesquita afirmar, durante discurso na Casa, que a Prefeitura teria cortado repasses para a oncologia de forma "proposital", com o objetivo de dar um "recado" ao governo Elmano de Freitas (PT). Atualmente, ala do prefeito José Sarto no PDT prega postura de oposição ao governo estadual petista.
As falas de Mesquita tiveram grande repercussão na imprensa, sendo divulgadas inclusive por veículos nacionais. A Prefeitura de Fortaleza, no entanto, lançou nota afirmando que a declaração “não condiz com os fatos”, destacando ainda acréscimo recente de R$ 3,6 milhões em repasse municipal para a área.
Durante a sessão desta quinta-feira, Mesquita também reproduziu vídeo com diretores do Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) onde a unidade agradece a Prefeitura por repasses para a manutenção de atendimentos. “Não é o vereador Carlos Mesquita que está dizendo, é o próprio Crio quem diz: a Prefeitura está repassando, o Estado não”.
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