O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O vereador Léo Couto (PSB) iniciou nesta terça-feira, 21, a coleta de assinaturas de olho na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a possibilidade de que cortes no tratamento da oncologia em Fortaleza tenham ocorrido de forma “proposital” pela gestão do prefeito José Sarto (PDT).
Para que o grupo seja instalado, a oposição precisa reunir 15 assinaturas de vereadores. Segundo Léo Couto, o grupo já reuniu cerca de dez assinaturas, com expectativa de atingir 12 adesões ainda nesta terça-feira. As três assinaturas restantes seriam articuladas em conversas com os demais vereadores do Legislativo.
A polêmica envolvendo cortes na oncologia ocorre desde a semana passada, após o líder do governo Sarto na Casa, Carlos Mesquita (PDT), dizer em discurso na tribuna que supostos cortes no setor teriam ocorrido “de propósito”, como forma de pressionar o governo Elmano de Freitas (PT).
A gestão do prefeito, no entanto, rejeita a tese e afirma que, pelo contrário, tem aumentado o volume de repasses para o setor. A fala acabou gerando crise na liderança da gestão na Casa, com expectativa de que Mesquita seja substituído em breve da função pelo prefeito.
Léo Couto destaca, no entanto, que a Câmara Municipal precisa investigar a questão. "Já que a Prefeitura não deve nada, não tem nada a temer, qual é o problema de a gente esclarecer isso aqui? Não é para os vereadores não, é para a população da nossa cidade, porque foram denúncias graves, afirmações graves aqui na Câmara Municipal", justifica o vereador.
Na manhã desta terça-feira, uma série de vereadores de base e oposição levaram o assunto à tribuna da Câmara. “Essa Casa não pode passar despercebida ao fato que foi veiculado aqui, de que esse corte de recursos se deu de maneira proposital. Temos que prestar contas à população”, diz Enfermeira Ana Paula (PDT).
A fala foi rebatida por Adail Júnior (PDT), que destacou que a maior parte do tratamento oncológico do Estado seria hoje custeado pela Prefeitura de Fortaleza. “Queria saber se esses vereadores que assinaram CPI, se estão preocupados com o pessoal que está precisando de atendimento, ou se estão preocupados em defender o Governo do Estado e em fazer política. Porque é só olhar dados, estatísticas”, afirma.
Neste sentido, o pedetista destaca video recentemente gravado por dirigentes do Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) que agradeceram a gestão Sarto pelo aumento em repasses municipais para o órgão. “Eles dizem que graças ao prefeito Sarto Nogueira ainda não aconteceu uma catástrofe com esse pessoal (...) o prefeito pagou 3.763 sessões de radioterapia. Quantas o Governo do Estado pagou?”, questiona Adail.
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