O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
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Hoje em vias de deixar a liderança do governo José Sarto (PDT) na Câmara Municipal, o vereador Carlos Mesquita (PDT) se envolveu em nova polêmica com opositores nesta quarta-feira, 22, chegando a parafrasear o senador Cid Gomes (PDT) e direcionar a frase “o Sarto é prefeito, babacas” para aliados de Elmano de Freitas (PT) na Assembleia cearense.
“Queria dizer para esse pessoal lá da Assembleia, Larissa (se referindo à deputada Larissa Gaspar, do PT) e companhia limitada: o Sarto é prefeito, babacas. Não tem obrigação com oncologia não”, disse, voltando a acusar o Governo do Estado de não contribuir para o financiamento da oncologia em Fortaleza.
A fala de Mesquita acabou sendo rebatida por diversos opositores do governo Sarto, incluindo a deputada Larissa Gaspar (PT), citada pelo vereador. "Esse ataque só confirma o desespero de quem apoia uma gestão que não cumpre com suas obrigações e que vem causando sérios prejuízos aos fortalezenses. Não nos intimidarão”, disse nas redes.
Líder da bancada do PT na Assembleia, o deputado De Assis Diniz (PT) emitiu nota de repúdio contra Mesquita. “Repudio veementemente a agressão sofrida pelos parlamentares petistas pelo líder do prefeito na Câmara Municipal de Fortaleza, Carlos Mesquita. A fala, totalmente desqualificada, só reforça a imagem de total despreparo”, diz.
“A atitude lamentável, além de configurar um absoluto descaso às pessoas já debilitadas pelo câncer, pode vir a ser classificada com um crime de responsabilidade, quando evidencia que um gestor público atentou deliberadamente contra a saúde da população. O PT, assim como a população de Fortaleza, merecem respeito, vereador”, continua.
Na semana passada, Carlos Mesquita protagonizou crise ao afirmar que a Prefeitura de Fortaleza teria cortado “de propósito” repasses para o tratamento do câncer na Capital, em ação que teria tido objetivo de pressionar o governo Elmano de Freitas (PT) para aumentar participação no setor. A gestão, no entanto, rejeita a tese de cortes na oncologia.
Desde então, Mesquita já é tratado nos bastidores da Câmara Municipal como “ex-líder” do governo. Segundo vereadores, a questão só não teria sido oficializada pois Sarto não teria definido o substituto do vereador na posição. Na segunda-feira, 20, o prefeito chegou inclusive a dizer que Mesquita teria “pedido” para deixar a posição, o que é contestado por vereadores.
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