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"Amigo mesmo eu nunca fui do Camilo", diz vice-prefeito Élcio Batista
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

"Amigo mesmo eu nunca fui do Camilo", diz vice-prefeito Élcio Batista

Nome que já foi cotado como dos mais próximos do ministro, o vice-prefeito diz que na verdade era próximo apenas do pai do petista e que teria sido "testado" por ele na gestão
Camilo Santana e Élcio Batista (Foto: Paulo Maximo)
Foto: Paulo Maximo Camilo Santana e Élcio Batista

Nome que já foi cotado como dos mais próximos de Camilo Santana (PT) durante a gestão do petista como governador do Ceará, o vice-prefeito Élcio Batista (PSDB) afirmou nesta semana que, na verdade, nunca teve amizade com o ministro da Educação. Pelo contrário, o tucano disse que chegou inclusive a ser “testado” pelo ex-governador.

“Amigo mesmo eu nunca fui do Camilo. A minha amizade era com o pai do Camilo. Tudo o que o Eudoro (Santana, pai do ministro) me pediu, tudo o que ele me confiou, eu entreguei, bem resolvido, com muita responsabilidade, sem ele tirar nem por uma vírgula. E o tratava de forma não só carinhosa como extremamente afetiva”, diz Élcio.

“Agora, com o Camilo, minha relação sempre foi profissional. Quem me colocou na Casa Civil, na Chefia de Gabinete em primeiro lugar, foi o pai do Camilo. O Camilo passou quatro anos da gestão me testando”, disse Élcio, durante entrevista com o vereador PP Cell (PSD), aliado do prefeito José Sarto (PDT) na Câmara Municipal de Fortaleza.

“Quatro anos me testando para saber se eu tinha capacidade e se eu aguentava aquilo ali ou pedia demissão. Ou se por alguma razão eu não entregasse ou errasse, ele tivesse que me demitir. E a cada dia que passou, nesse tempo, a cada desafio que ele me entregava, eu resolvia o desafio de uma forma ainda melhor que ele imaginava”, afirma.

Apesar das falas e da proximidade antiga com Eudoro, Élcio era visto como homem de confiança de Camilo Santana durante os dois mandatos do petista, chegando a assumir tanto a Chefia de Gabinete quanto a Casa Civil da gestão. A própria indicação do tucano como vice da chapa de Sarto foi vista à época como intervenção de Camilo.

Os dois, no entanto, entraram em processo de ruptura na eleição de 2022, quando o vice-prefeito integrava o PSB. Na época, o partido acabou apoiando candidatura de Roberto Cláudio (PDT) contra Elmano de Freitas (PT), o que foi visto como “traição” e “ingratidão” por aliados próximos de Camilo Santana.

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