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Deputados evangélicos preparam ação sobre conteúdos escolares do Ceará
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Deputados evangélicos preparam ação sobre conteúdos escolares do Ceará

Nos últimos anos, foram muitas as polêmicas entre religiosos e profissionais da educação sobre o que deve ser abordado em sala
Apóstolo Luiz Henrique quer audiência para discutir o que é abordado em sala de aula (Foto: Divulgação/AL-CE)
Foto: Divulgação/AL-CE Apóstolo Luiz Henrique quer audiência para discutir o que é abordado em sala de aula

Deputados ligados a igrejas evangélicas aumentaram atuação de olho na base curricular da rede estadual de ensino no Ceará. Nas últimas semanas, se multiplicaram na Assembleia discursos e projetos de olho em passar um “pente-fino” no conteúdo abordado em salas de aula.

Um deles é um requerimento de Apóstolo Luiz Henrique (PP), em tramitação na Comissão de Educação da Casa, que convoca representantes das secretarias de educação do Estado e de Fortaleza para audiência pública sobre o tema.

O requerimento aguarda há quase um mês na comissão, mas ainda não foi colocado em pauta pelo presidente do grupo, Queiroz Filho (PDT). Na sessão da Assembleia desta quarta-feira, 10, Luiz Henrique se queixou da demora e recebeu apoio de outros parlamentares.

Dra Silvana (PR), outra parlamentar ligada grupos evangélicos, chegou sugerir que o deputado "atropele" a comissão e leve o requerimento diretamente ao plenário da Casa. Já Vitor Valim (Pros) criticou "omissão" da comissão de educação sobre o tema.

Pauta em debate

Nos últimos anos, foram muitas as polêmicas entre religiosos e profissionais da educação sobre o que deve ser abordado em sala. Desde 2017, sobram na Assembleia projetos contra uma suposta “doutrinação” ideológica de esquerda ou da “ideologia de gênero” por professores.

Do outro lado, especialistas minimizam a questão diante dos graves problemas estruturais da educação brasileira, alertando para o perigo de discursos que possam “vilanizar” professores, agentes essenciais para o desenvolvimento da área. Em Fortaleza, professores chegaram a fazer em setembro um protesto na Câmara contra projetos interferindo na liberdade de cátedra.

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